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Estudo inédito mostra que crianças e adolescentes do Brasil vivem na pobreza

A pesquisa foi realizada pela Unicef

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 15 de agosto de 2018 - 11:10
 Estudo mostra que crianças e adolescentes estão privados de um ou mais direitos no País
Estudo mostra que crianças e adolescentes estão privados de um ou mais direitos no País -

Seis em cada 10 crianças no Brasil vivem na pobreza, de acordo com estudo inédito apresentado ontem pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). São crianças e adolescentes até 17 anos que são monetariamente pobres e/ou estão privados de um ou mais direitos, como educação, informação, água, saneamento, moradia e proteção contra o trabalho infantil.

O levantamento, feito com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2015, mostra que 18 milhões de meninas e meninos, ou seja, 34% do total, são afetados pela pobreza monetária, vivem com menos de R$ 346 per capita por mês na zona urbana e R$ 269 na zona rural.

Desses, 6 milhões, o equivalente a 11%, têm privação apenas de renda. Já os outros 12 milhões, ou 23%, além de viverem com renda insuficiente, têm um ou mais direitos negados.

Somam-se a essas crianças e adolescentes, mais de 14 milhões de meninas e meninos que não são monetariamente pobres, mas têm um ou mais direitos negados. Juntos, os dois grupos representam 61% das crianças e adolescentes do país.

“Para entender a pobreza, é preciso ir além da renda e analisar se meninas e meninos têm seus direitos fundamentais garantidos”, diz a representante do Unicef no Brasil, Florence Bauer, no estudo.

“Incluir a privação de direitos como uma das faces da pobreza não é comum nas análises tradicionais sobre o tema, mas é essencial para dar destaque a problemas graves que afetam meninas e meninos e colocam em risco seu bem-estar”.

Privações - Os resultados mostram que, das 61% de crianças e adolescentes brasileiros que vivem na pobreza, 49% têm um ou mais direitos negados.

O saneamento é a privação que afeta o maior número de crianças e adolescentes, seguido por educação, água, informação, moradia e proteção contra o trabalho infantil.

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