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Porto da Pedra perde 30% do Carnaval de 2019 em incêndio

Carnavalesco promete que ‘Tigre’ vai renascer das cinzas

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 25 de julho de 2018 - 10:27
No incêndio, três alegorias foram completamente destruídas, inclusive os seus motores
No incêndio, três alegorias foram completamente destruídas, inclusive os seus motores -

Por Marcela Freitas

“Renascer das cinzas”. Essa é a missão do Grêmio Recreativo Escola de Samba Porto da Pedra, de São Gonçalo, que teve parte de seu barracão danificado, na noite de ontem, após suposto incêndio criminoso. A escola ainda calcula os prejuízos de três alegorias destruídas em sua totalidade. Cerca de 30% do Carnaval da agremiação, que em 2019 vai homenagear o ator Antonio Pitanga, que completará 80 anos, já estavam prontos.

De acordo com o presidente da escola, Fabio Montibelo, a suspeita é que o incêndio tenha sido provocado por um homem que passou pelo local e atirou um coquetel molotov (arma química incendiária) dentro do barracão. Esta não é a primeira vez que barracões das escolas do grupo A pegam fogo na região da Zona Portuária. A Renascer de Jacarepaguá e Alegria da Zona Sul já amargaram prejuízos semelhantes.

“Essa área gera interesses e não é de hoje que tentam nos tirar daqui. O que eles querem é mostrar que o local oferece risco e, então, pedir à Defesa Civil, sua demolição. A advogada da escola já procurou a delegacia e vamos fazer uma denúncia ao Ministério Público”, disse.

Apesar de ainda não ter contado os prejuízos, Montibelo garantiu que terá Carnaval. “Porto da Pedra sempre enfrenta grandes desafios. Mesmo sem ajuda do poder público, estamos garantindo o nosso espaço (a escola foi a terceira colocada no Carnaval deste ano). Apesar do que aconteceu, temos a ajuda de amigos e não vamos enrolar a bandeira. Ficamos tristes porque foi um crime, mas vão ser apurados os motivos”, afirmou.

Visivelmente abatido, o carnavalesco Jaime Cesário disse que, apesar da destruição de três alegorias, a Porto da Pedra vai renascer das cinzas com muita garra, como o símbolo da escola, o tigre.

“Neste primeiro momento, vamos reorganizar e limpar o barracão. Precisamos saber o que ainda pode ser reaproveitado. Mas, a princípio, perdemos todos os motores dos carros. Ainda estou em choque com essa notícia. Cada alegoria é como um filho e vê-las destruídas nos entristece. Mas sempre que precisamos, somos guerreiros com o espírito de nosso Tigre. Esse é mais um desafio e juntos somos mais fortes. Vou refazer todo o projeto e verificar a parte estrutural. Vamos sentar com a diretoria e contabilizar os prejuízos. Vamos fazer um Carnaval ainda mais lindo do que planejávamos”, afirmou o carnavalesco.

O diretor social da escola, Miguel Sobrinho, pediu o apoio de todos os gonçalenses e simpatizantes da escola neste momento. “Vamos reconstruir tudo o que foi destruído e contamos com apoio dos nossos amigos para isso. Vamos renascer das cinzas literalmente”, ressaltou.

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