Creche em São Gonçalo pode fechar as portas por falta de pagamento de aluguel

Por Sany Medeiros e Samara Oliveira

A Unidade Municipal de Educação Infantil (Umei) Professor Augusto de Freitas Lessa, em Jardim Catarina, na localidade de Ipuca, era para ser um local de tranquilidade para os pais. Mas, desde o início do ano, deixa os responsáveis com dor de cabeça e inseguros, já que o local corre risco de despejo desde setembro do ano passado.

De acordo com a operadora de caixa Alexandra Aparecida do Nascimento Alves, de 37 anos, ela e outros pais não têm uma resposta se a creche vai continuar funcionando. “A verdade é que nós não sabemos como vai ser após as férias. Se ainda vamos poder contar com a única creche aqui da Ipuca. No início deste ano, a proprietária do imóvel disse que não ia mais aceitar a falta de pagamento. Mas depois de uma conversa com funcionários da prefeitura, ela acreditou que a dívida seria quitada, mas isso não aconteceu”, desabafou Alexandra.

A Umei, que foi inaugurada em 2016 com o objetivo de atender 120 crianças de 2 a 5 anos de idade, funciona de forma precária, de acordo com as denúncias. “Faltam funcionários na portaria, na cozinha, na área de limpeza e, por isso, a creche está funcionando com horário reduzido. Minha mãe está ficando com meus filhos para eu continuar trabalhando”, disse a mãe de outro aluno, que pediu para não ser identificada.

Recordando – Em abril deste ano, O SÃO GONÇALO mostrou que a Umei Pastor Saulo Luiz, localizada na Rua Lucio Bittencourt, também no Jardim Catarina, passava pelo mesmo problema de falta de pagamento do aluguel do imóvel e, por isso, o dono pediu o prédio. No entanto, até hoje, a Prefeitura não conseguiu outro local para alugar e mudar a creche de endereço.

A assessoria de imprensa da Prefeitura de São Gonçalo informou que o processo para quitar os valores em atraso da Umei Saulo Luiz está em andamento. Houve reconhecimento de dívida e existe todo um trâmite legal a ser cumprido. Já há vários locais em análise para transferir a unidade.

Quanto à creche Professor Augusto Lessa, a prefeitura informou que a denúncia de falta de funcionários não procede. O meio período deve-se ao movimento reivindicatório determinado pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe). Em relação ao atraso, o pagamento está sendo normalizado.