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Atleta de Niterói supera adversidades e vira exemplo na cidade

Carol teve de abandonar o futebol após acidente

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 16 de julho de 2018 - 09:38
Apaixonada por esporte desde a infância, Carol Basílio não abandonou as práticas esportivas após acidente
Apaixonada por esporte desde a infância, Carol Basílio não abandonou as práticas esportivas após acidente -

Por Marcela Freitas

Capacidade de vencer as adversidades. Essa poderia ser a forma mais simples de descrever a atleta Carol Basílio, de 34 anos, que, diante de tanta garra, é inspiração para muitas pessoas. Ex- jogadora da seleção brasileira de futebol feminino, Carol viu sua vida mudar em abril de 2010, quando sofreu um grave acidente de trânsito, em Icaraí, Niterói, ao ter sua motocicleta atingida por um motorista alcoolizado que dirigia a mais de 120 km por hora, quando a via permitia 60.

No acidente, Carol teve uma amputação traumática das suas pernas e não foi possível implantá-las. Capitã da seleção brasileira de futebol feminino, e companheira da atleta Marta, Carol teve resiliência de reescrever sua história. O que para muitos poderia ser o fim, para Carol foi o começo de uma historia de superação.

Apaixonada por esporte desde os 3 anos, Carol que é moradora de Jurujuba, mesmo após o acidente não abandonou as práticas esportivas. Logo após o acidente, ela já se dedicava a um novo esporte: a natação. Na modalidade, conquistou diversas medalhas em competições paralímpicas nacionais.

Apesar do sucesso nas piscinas, Carol sabia que podia mais e foi então que sua paixão pela bola a fez se entregar a novos desafios Atualmente, ela pratica remo, vôlei sentado, handebol e ainda parapente.

“Depois do acidente restabeleci algumas atividades e inclui outras que não fazia”, contou Carol,que é casada e tem uma filha de 8 anos.

Lei Seca – Acreditando na educação, Carol Basílio que é formada em Educação Física, chegou ao programa Lei Seca pela fé em seu país e a busca de dias melhores para gerações futuras.

“Cheguei até a Lei Seca pelo trabalho que eles desenvolviam. Já fazia palestras motivacionais para contar a minha história. O programa é baseado nos pilares da educação e fiscalização e nós, acidentados no trânsito, fazemos a parte de educação. Isso consiste em desenvolver palestras e dinâmicas que falam sobre o perigo de álcool e direção. Hoje são 30 cadeirantes, todos com envolvimento de álcool e direção vítimas diretas e indiretas” disse.

Carol contou que trabalha em todo o estado do Rio e quem vem servindo de instrumento para conscientizar os motoristas.

“A importância desse trabalho é a mudança de hábito. Sabemos que primeiro Código Brasileiro de Trânsito é de 1940, e desde lá, sabemos que é proibido beber e dirigir. Porém as pessoas não conseguem enxergar o tamanho desse risco que envolve esse bem maior, que é a vida. O ser humano em geral é assim, ele só dá importância à causa quando passa a vivenciá-la. Eu acredito muito no poder de educação”, disse.

Carol alertou ainda que acidente não tira férias e, sim, vidas.

“Por incrível que pareça, a cadeira de rodas é um grande lucro. Muitos não tiveram a sorte que eu tive de tentar reescrever a minha história. O álcool e direção é uma escolha infeliz, que pode acabar com nosso bem maior. Muitas pessoas acham que ser bem sucedido é ter dinheiro e cargos. E eu garanto, como uma pessoa que passou por um acidente, que ser bem sucedido é estar vivo”, concluiu.

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