Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 5,155 | Euro R$ 5,5086
Search

Professores de São Gonçalo fazem protesto por melhorias no salário

Se não houver aumento, haverá greve em agosto

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 21 de junho de 2018 - 10:30
Centenas de profissionais da educação realizaram manifestação em frente à Prefeitura de São Gonçalo
Centenas de profissionais da educação realizaram manifestação em frente à Prefeitura de São Gonçalo -

Por Marcela Freitas

Em estado de greve, profissionais de educação realizaram ontem um ato, nas escadarias da Prefeitura de São Gonçalo, no Centro. O movimento pede ao Executivo municipal que respeite o acordo firmado com o Ministério Público, para equiparação do salário da categoria com o piso nacional do magistério. Caso contrário, a partir de agosto, todas as escolas e creches da rede não retornarão do recesso escolar que se inicia, no dia 14 de julho.

Segundo levantamento do núcleo municipal de São Gonçalo do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), o município conta com 104 escolas e creches próprias e mais 30 mil conveniadas. Assim sendo, a paralisação da rede poderá afetar aproximadamente 40 mil alunos e mobilizar mais de 4,8 mil profissionais.

“O objetivo é mostrar que estamos unidos e lutando pelo tão sonhado piso nacional para os professores, adequação salarial para os auxiliares de creche e também para os merendeiros e professores da rede pública municipal de São Gonçalo. Estamos chamando a atenção da população para a falta de valorização profissional e também de sensibilizar o governo que a educação não é gasto, é investimento. Todos os países que investiram em educação hoje colhem os frutos de uma sociedade mais justa e menos desigual”, afirmou a diretora do Sepe-SG, Maria do Nascimento.

De acordo com a também diretora Beatriz Lugão, atualmente o salário inicial de um professor da rede municipal de São Gonçalo é de R$ 934 e dos demais funcionários de R$788.

“A Prefeitura não respeita a Constituição Federal que afirma que nenhum trabalhador deve receber menos de um salário mínimo. A rede está sucateada e necessitando de profissionais e, mesmo assim, o concurso não foi prorrogado”, explicou.

Outras ações - Até o dia 10 de julho, os servidores concursados estão trabalhando com redução de carga horária, e, portanto podem encerrar seu expediente com duas horas de antecedência. Nos dias 11 e 12 de julho, a categoria realizará paralisação de 48 horas. Foi marcado um novo ato, no dia 11, às 10h, em frente à Prefeitura. No dia 12, às 10h, no Colégio Municipal Castello Branco, no Boaçu, a categoria volta a se reunir em assembleia.

Resposta - A respeito das reivindicações salariais dos professores, a Secretaria Municipal de Educação reiterou, através de nota, que “não houve quebra no acordo com a categoria. O acordo com a categoria está mantido, só que está se cumprindo a questão legal. Para haver aumento de despesa é preciso que a Câmara Municipal aprove e autoriza. Além disso, está sendo feita uma consulta jurídica devido à questão da paridade. É preciso saber se o aumento de um tem que resultar em aumento para todos os funcionários da prefeitura. Já pedimos esclarecimento jurídico sobre a questão”.

Matérias Relacionadas