Preço da gasolina chega a R$5,70 em postos de São Gonçalo

Por Marcela Freitas

A greve dos caminhoneiros entrou em seu 10º dia com menos força, apesar de ainda deixar reflexos. Com ações preventivas das forças de segurança, o abastecimento de combustíveis começou a voltar ao normal. Mas em São Gonçalo, o valor praticado desagrada os consumidores, que culpam os grevistas pelos aumentos abusivos nos preços.

Na manhã de ontem, uma equipe de O SÃO GONÇALO percorreu postos de combustíveis no Barro Vermelho, Santa Catarina, Lindo Parque e Colubandê. O que foi visto foi uma grande variação no preço da gasolina comum: de R$ 4,94 a R$ 5,70. O diesel, no entanto, ainda estava em falta em alguns postos. Somente no Colubandê, o litro foi encontrado por R$ 3,80. Antes da greve, ele era vendido a R$ 4, ou seja, uma economia de apenas R$0,20, bem menos do que os R$ 0,46 por litro anunciados pelo presidente Michel Temer.

“Para mim, essa greve não serviu para nada. A diminuição no diesel não vai refletir em redução do valor do frete e, consequentemente, na redução dos preços.O que alguns postos estão fazendo é absurdo. Como podem cobrar R$ 5,70 pelo litro de gasolina? Isso deveria ser fiscalizado”, disse o professor Rodrigo Arthur, de 59 anos.

O chaveiro Daniel de Assis, 32, revelou que precisou se render aos altos preços para poder trabalhar com sua motocicleta. “Infelizmente, temos que nos sujeitar a esse tipo de coisa. Esperei as filas diminuírem, mas o valor só aumenta”, afirmou. Outro que também está sentindo no bolso a alta no valor do combustível é o motorista Gilberto Peres, 64. “Essa greve só serviu para pagarmos mais caro por todos os serviços. Esse valor da gasolina não era praticado antes da greve”, reclamou.

O Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Estado (Sindestado-RJ) informou que cerca de 50% dos postos no interior fluminense receberam, pelo menos, uma carga de combustíveis até as 12h de ontem. A Petrobras Distribuidora explicou que o abastecimento a seus clientes está sendo retomado de forma gradativa com o apoio das escoltas das Forças de Segurança.

Segundo a assessoria de imprensa do Procon, os consumidores que se sentirem lesados em relação aos preços devem fundamentar a sua reclamação com nota fiscal e levá-los a um polo de atendimento do órgão ou entrar em contato pelo 151.