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Escola de São Gonçalo está sem aula desde o início do ano

Alunos do 2º ano do ensino fundamental estão sem professores

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 08 de maio de 2018 - 10:21
>> Os pais não sabem mais o que fazer porque as crianças estão desoladas querendo estudar na escola municipal Clelia Nanci
>> Os pais não sabem mais o que fazer porque as crianças estão desoladas querendo estudar na escola municipal Clelia Nanci -


Maria Eduarda Dias Gurgel, de 8 anos, queria que seu direito à educação fosse cumprido mas a Secretaria Municipal de Educação de São Gonçalo, que deveria dar exemplo, desobedece à lei e impede o seu desenvolvimento intelectual e de outras dezenas de crianças da sua faixa etária.

É que alunos do 2º ano do ensino fundamental da Escola Municipal Monsenhor Albuquerque, em Santa Catarina, estão desde o início do ano sem aulas, por falta de professor.

O pai de Maria Eduarda, Nizário de Brito Gurgel, de 31 anos, disse que a filha e as demais crianças chegaram a frequentar alguns dias de aulas, mas ficam só meio período na escola pela falta de docente. Segundo ele, a direção teria pedido depois que os alunos aguardassem em casa até a solução do problema, o que até o momento não aconteceu. “Ela vinha para escola e ficava na sala de aula parada junto com os outros alunos. Depois mandaram aguardar uma ligação em casa, o que nunca foi feito. Fomos até a Secretaria de Educação, e a informação é que os professores estavam impedidos de fazer dobra. Pedi então transferência dela para a manhã, mas falaram que as turmas estão superlotadas. Não estamos pedindo nada além do que temos direito, que é dar às crianças a oportunidade de estudar”, afirmou.

Nazário, que trabalha como vigilante mas está desempregado no momento, disse que se pudesse colocaria a filha em outra escola.

“Essa escola é bem perto da nossa casa e nos poupa de gastos com passagens. Mas se eu pudesse, ela estaria em uma unidade particular. Estamos encerrando o primeiro semestre do ano e isso está comprometendo o ensino da minha filha”, ressaltou.

A mesma angústia é enfrentada pela recepcionista Verônica Santos, 36, mãe da pequena Analice Conceição, 7, da mesma turma de Maria Eduarda.

“Minha filha me perguntou hoje (ontem) quando voltaria a estudar. É um absurdo essa situação. Neste momento não posso tirá-la dessa escola porque estou desempregada, mas se tivesse trabalhando não a deixaria passar por isso. Não tem nada mais angustiante que seu filho pedir para estudar e você não saber o que responder”, lamentou.

A Secretaria Municipal de Educação informou “estar trabalhando para suprir esta carência o mais rápido possível”.

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