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Creche pública está ameaçada de despejo no Jardim Catarina

Unidade não está recebendo repasse de verba da Prefeitura

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 26 de abril de 2018 - 09:47
A unidade está com vários problemas por falta de repasses públicos
A unidade está com vários problemas por falta de repasses públicos -

Por Marcela Freitas

Há 10 anos, o Jardim Catarina, em São Gonçalo, recebia a sua primeira creche pública, a Umei Pastor Saulo Luiz. Em parceria com uma igreja, a instituição funcionava em tempo integral, o que permitia que muitos pais pudessem trabalhar com tranquilidade. Mas desde que o novo governo municipal assumiu, o horário de 8h às 17h passou para 9h às 16h, devido a vários problemas.

Sem repasses por parte da Prefeitura, a creche está ameaçada de despejo no momento. O motivo? O dono do imóvel pediu o prédio, e a direção do espaço não consegue alugar outro espaço ao informar que o locatário é a Prefeitura.

Além disso, sem os recursos públicos, as turmas precisaram ser diminuídas passando de seis para três. Segundo funcionários, a alegação da Secretaria Municipal de Educação é a otimização das turmas mas, de acordo com os profissionais, a dispensa de colegas tornou inviável a matrícula de novos alunos. Os funcionários denunciam ainda que a instituição, que atendia crianças de 2 a 5 anos, neste ano teve que aumentar a idade de ingresso para 3 anos, pela falta de professores para o maternal.

E o que já era ruim, piorou ainda mais com o corte de água por conta de uma dívida com a Cedae que, segundo os responsáveis pelas crianças, chega a R$ 70 mil. Para tentar minimizar o problema, a direção da unidade comprou um carro-pipa na última sexta-feira, na tentativa de garantir ao menos o preparo de uma refeição das crianças.

“Não tem como manter o período integral por conta do banho e lanche das crianças. Estamos fazendo o possível, que é garantir ao menos o almoço”, afirmou uma funcionária, sem se identificar.

A mãe de uma aluna também lamentou a atual situação. A Cedae disse que em seu cadastro “o imóvel consta como comercial, razão pela qual foi emitida uma emissão de corte. De posse da informação de que houve alteração de uso não comunicada à empresa e que no local funciona uma creche municipal, a companhia já solicitou alteração no cadastro e emitida ordem de religação urgente do abastecimento”.

A Secretaria de Educação informou que existe um termo de ajustamento de conduta junto ao Ministério Público para fazer a devolução do imóvel até o final desse período letivo, sem prejuízo para os alunos. O órgão informa que o proprietário do imóvel está no direito de pedi-lo de volta e que será feito o pagamento dentro do que é realmente devido. A Secretaria de Educação informa ainda que está empenhada em procurar outro local.

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