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São Gonçalo tem surto de chikungunya

Moradores de vários bairros revelam casos e reclamam da falta de ações preventivas

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 06 de abril de 2018 - 10:13
A administradora Andrea Fernandes e vários familiares sofrem com as consequências da doença no Raul Veiga
A administradora Andrea Fernandes e vários familiares sofrem com as consequências da doença no Raul Veiga -

Moradores do Raul Veiga, em São Gonçalo, estão preocupados com um surto de chikungunya que, há pelo menos dois meses, vem adoecendo quem reside na Rua Augusto Calheiros. Eles atribuem a um rio cercado de muito mato que corta a região a proliferação dos mosquitos, que têm tirado a saúde da população. Mas além do Raul Veiga, moradores da Venda da Cruz, Itaúna, Jardim Alcântara, Porto Novo e Bairro Almerinda, também se queixam de muitos casos da doença nestas localidades.

A administradora Andrea Hernandes dos Reis, de 44 anos, contou que somente no terreno que reside 10 pessoas contraíram a doença.

“Aqui quase todos estão doentes e sofrendo com os efeitos da doença ,que causa uma dor absurda nas articulações e, que por vezes, nos impede de segurar até um copo ou caminhar”, disse acrescentou que já ligou para o Departamento de Conservação Obras (DCO) pedindo providências, mas não obteve êxito.

“Além do mato em volta, o rio está cheio de lixo. Uma construção na rua de trás impede a draga de fazer a limpeza, mas a área pode ser roçada e nem isso acontece. Durante a tarde, não podemos ficar com as janelas abertas porque os mosquitos invadem. Está muito difícil ver todos adoecendo por falta de medidas preventivas. Aqui nesta rua pelo menos um morador de cada casa está com chikungunya”, revelou.

O aposentado Arídio Antonio dos Reis, 79, é outro que sofre as consequências da doença.

“Há 20 dias que sofro com dores pelo corpo. Além disso, não durmo direito e estou com dificuldades para caminhar”, contou.

Casos triplicados - Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, somente este ano, foram registrados até o dia 3 de abril 2.845 casos de chikungunya no estado, ou seja, mais 900 registros por mês. Em todo o ano passado, foram 4.305 casos, com uma média de 358 mês.

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