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Tratamento de autismo está comprometido em São Gonçalo

Clínica-Escola do Autista está com menos de um terço dos profissionais

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 03 de abril de 2018 - 08:36
Segundo ONG, o espaço só atende atualmente duas vezes por semana por falta de funcionários
Segundo ONG, o espaço só atende atualmente duas vezes por semana por falta de funcionários -

Não houve muitos motivos para celebrar, ontem, o “Dia Mundial de Conscientização do Autismo” em São Gonçalo. É que o único equipamento de tratamento público da cidade, a Clínica-Escola do Autista, em Maria Paula, sofre com a falta de profissionais e até corre o risco de interromper suas atividades por conta do problema.

Inaugurada em setembro de 2016, em parceria com a ONG Núcleo de Atenção às Necessidades de Cidadão Especial (Nuance), a Clínica-Escola contava com 25 profissionais (atualmente seriam apenas sete) de várias especialidades médicas e de atendimentos terapêuticos e ocupacionais. Pelo convênio firmado à época, segundo a ONG, a administração municipal pagaria os funcionários e os gastos para funcionamento do prédio. A ONG só ficaria com a administração do espaço sem custo aos cofres públicos.

 Funcionários da unidade contam que cerca de 400 crianças foram inscritas para um sorteio imediato de 30 delas para atendimento gratuito e outras 30 para cadastro de reserva, que seriam absorvidas num prazo de seis meses. O problema, ainda de acordo com a Nuance, é que o atual governo não quis cumprir o acordo do governo passado.

“A proposta da Prefeitura é colocar mais crianças dentro da escola, mas nosso trabalho é de qualidade e não quantidade. Não tem como atender mais se os profissionais foram exonerados. Gostaríamos de ter uma comunicação melhor com os líderes do governo para explicar a importância desta causa”, explicou a presidente da Nuance, Eloá Antunes. Segundo a assistente social Cássia Bello, a precariedade no atendimento por falta de profissionais compromete o tratamento. “A reposição dos profissionais tem sido um grande empecilho para nossa proposta de trabalho”, disse.

Para chamar atenção para o problema, funcionários da clínica realizaram ontem uma exposição do trabalho no Centro Cultural Joaquim Lavoura, na Estrela do Norte, e no próximo sábado (7) está marcada uma caminhada, com concentração às 14h, em frente à Prefeitura, no Centro.

Estima-se, pelo próprio poder público municipal, que 10 mil crianças sofram com o transtorno do espectro autista na cidade. Em todo o Brasil, são mais de 2 milhões.

 A Prefeitura de São Gonçalo não enviou uma resposta para solução do problema até o fechamento desta edição.

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