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Criança pode perder tratamento médico por falta de transporte em SG

A mãe já tentou a ajuda do município, porém sem sucesso

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 30 de março de 2018 - 08:20
Imagem ilustrativa da imagem Criança pode perder tratamento médico por falta de transporte em SG

A costureira Geilda Moura comemorou muito uma vaga na Associação Pestalozzi de Niterói para a filha de 7 anos, diagnosticada com Síndrome de Edwards, uma doença genética que acarreta má formação de órgãos vitais e, assim, uma série de debilidades no desenvolvimento mental e motor. A oportunidade, no entanto, pode ser perdida por conta de um empecilho aparentemente simples: falta de transporte especial por parte da Prefeitura de São Gonçalo. Moradora do Jardim Catarina, a pequena Ludmila depende da locomoção até Pendotiba, em Niterói, onde fica a instituição.

Sair de casa é uma tarefa cercada de obstáculos para a sorridente Ludmila. A facilidade em broncoaspirar, isto é, aspirar líquidos pelas vias aéreas, impede que a criança seja exposta ao sol ou a ambientes de temperatura mais alta.

“Nem sempre temos recursos para pegar táxi ou Uber, já que parei de trabalhar para cuidar dela. É difícil levá-la de ônibus, porque a passarela na RJ-104 é feita de escadas. Já recorri ao Governo do Estado sobre a possibilidade de instalarem rampa, porém ninguém oferece uma resposta”, contou Geilda.

De acordo com mãe, os médicos deram um prazo de seis meses de vida para Ludmila, porém a força da menina a fez chegar aos 7 anos de idade e reagir bem às cirurgias no intestino. Contudo, durante a recuperação, a criança perdeu a vaga no acompanhamento na Associação Brasileira de Assistência ao Excepcional (Abrae), em São Gonçalo que, apesar da importante contribuição, não oferece todas as especialidades que Ludmila necessita.

“A doença causou complicações no coração, no sistema urinário, no encéfalo. Minha filha não deglute, se alimenta por meio de sonda. Ela toma antibiótico a cada três meses. É um caso realmente delicado. O atendimento na Pestalozzi vai ajudar muito no desenvolvimento dela”, explicou a costureira.

O acompanhamento deveria ter começado no último dia 6, e o prazo para que Ludmila compareça expira após o “feriadão”.

“Já tentei de tudo. A Secretaria Muncipal de Transportes me disse que não há rota para Pendotiba e que eu precisaria de um mandado judicial. Se não conseguirmos, a vaga será concedida a outro paciente e ficaremos sem opção”, lamentou a mãe.

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