Professor busca apoio para expor fotos de Corpus Christi

Por Rennan Rebello

Com uma ideia na cabeça e uma câmera fotográfica na mão fez com que o professor de História Henrique Mendonça, de 49 anos, que é de Rio Bonito e formado pela Faculdade de Formação de Professores (FFP-Uerj), registrou a tradição da confecção do tapete de sal no Corpus Christi em São Gonçalo em 1999, quando ainda estudava. E 19 anos depois, ele busca ajuda financeira na internet para expor as fotografias no município.

“Eu estava com um olhar fortemente influenciado pela Antropologia e passei o dia registrando os envolvidos, as partes desta manifestação católica e a relação da comunidade com o evento. Depois de tanto tempo, me deparei novamente com aqueles registros em preto e branco e tive a ideia de promover uma exposição fotográfica, que pudesse compor o período religioso do Corpus Christi de 2018 e trazer à cidade imagens que ativassem memórias, relações afetivas e reflexões”, explicou Henrique.

O tapete de sal gonçalense é confeccionado desde 1995 nas ruas Coronel Moreira César, Feliciano Sodré e Nilo Peçanha e entre os bairros do Zé Garoto e Centro. Em 2005, o tapete passou a ser considerado popularmente como o maior da América Latina e, em 2010, através da Lei Estadual 3141/10, passou a ser patrimônio cultural imaterial de São Gonçalo.

As fotografias já estão disponibilizadas na internet através do portal hmendoncaphoto.com que também tem informações de como a contribuição financeira poderá ser feita.

“No site há um formulário com as imagens que irão compor a exposição. A ideia é buscar financiamento coletivo, fazendo com que a pessoa que patrocinou fique com as fotos da exposição ao final”, informou o historiador.

Para quem quiser saber mais sobre o projeto, basta ligar para (021) 97238-0040 ou entrar em contato através do e-mail enriqueshis@gmail.com.

Histórico - A palavra Corpus Christi tem origem no latim e significa Corpo de Cristo e sua celebração passou acontecer a partir do século XIII, quando a freira agostiniana Juliana de Mont Cornillon, que vivia na cidade belga de Liège, teve visões em que Jesus pedia que o mistério da Eucaristia (a consagração do corpo e do sangue de Cristo) fosse celebrada.

No Brasil, a celebração passou a integrar o calendário religioso apenas em 1961, tendo o primeiro festejo realizado em Brasília. No entanto, a tradição de enfeitar as ruas começou na cidade histórica de Ouro Preto, em Minas Gerais.