Trânsito ‘sem lei’ em São Gonçalo

Por Marcela Freitas

Caminhões descarregando em local proibido, motos sobre as calçadas e carros parados dos dois lados da via, ocupando uma faixa que seria para a fluidez do trânsito. Essas são apenas algumas das infrações no trânsito que O SÃO GONÇALO flagrou na manhã de ontem, em diversos bairros, como Paraíso, Barro Vermelho, Santa Catarina e Rocha. Em alguns locais, a justificativa dos motoristas era a mesma: a falta de placas de sinalização mas, mesmo quando elas existem, o Código Nacional de Trânsito não é obedecido. O resultado são os longos engarramentos associados à falta de segurança para os pedestres que, muitas vezes, precisam se arriscar na travessia.

Na Rua Francisco Portela, no Paraíso, o problema seria facilmente resolvido se houvesse ordenamento no trânsito, obediência às leis e fiscalização para aqueles que se negam a cumprir. Em julho do ano passado, OSG mostrou os transtornos causados pelo estacionamento irregular no trecho, que, em horários de rush, provoca longos engarrafamentos.

Um dia após a publicação, a Guarda Municipal realizou no local a “Operação Parada Certa”, que tem como objetivo orientar e fiscalizar os motoristas com a intenção de coibir estacionamentos em locais proibidos. Mas sem manutenção da operação, a rua voltou a ficar tomada de carros nos dois sentidos da via.

“O fato de não ter sinalização, acaba levando os motoristas ao erro. Acho que a Prefeitura tem que fazer o dever de casa para depois cobrar a lição”, disse um comerciante que preferiu não se identificar.

Em outras vias principais como as ruas Pio Borges, no Barro Vermelho; Getúlio Vargas em Santa Catarina e Salvatori, no Rocha, os problemas se repetem. Nesta última, nem as placas de proibido parar e estacionar vem sendo respeitada.

“A desculpa dos motoristas é sempre que é rapidinho e, como é uma área cercada de muito comércio, a infração virou rotina. Mas não vemos nenhuma ação proibitiva aqui, apesar da aproximação com a base da Guarda Municipal que fica aqui no bairro”, disse uma moradora da região que também preferiu não se identificar.