Homem internado no Hospital Azevedo Lima com cálculo renal precisa de cirurgia

“Meu marido precisa ser operado para acabar com essas dores insuportáveis. Ele é trabalhador e só estamos pedindo o que é de direito de um contribuinte. Queremos que ele seja olhado com mais respeito e cuidado”. O relato emocionado é da dona de casa Heloiza Conceição, de 40 anos, que há 17 dias vê o quadro de seu marido, o marceneiro Renan Santos da Silva, 33, piorar no leito da enfermaria 3 do Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca, em Niterói.

Diagnosticado com cálculos renais, Renan luta, há dois anos, para se ver livre da doença. Nos últimos dias, seu quadro piorou e ele foi internado às pressas para realizar uma cirurgia, mas o que parecia ser a solução para a família, virou um pesadelo, já que na unidade Renan não recebe os cuidados necessários.

Heloiza conta que o marido sequer foi avaliado por um urologista e não há qualquer previsão de fazer cirurgia. “Não consigo mais ver meu marido sofrendo com essas dores. Quando perguntamos sobre a cirurgia, não temos resposta. Meu marido é trabalhador e não merecia estar passando por isso”, lamentou. Ainda segundo Heloiza, o quadro clínico de Renan fez com que ele perdesse o emprego e isso desestruturou ainda mais toda a família.

“Há um ano, ele foi demitido por conta das dores. Quando ele começou a buscar ajuda, os cálculos tinham milímetros e agora estão com três centímetros. Essa doença desestruturou toda a família. Temos quatro filhos menores e meu marido era o único provedor da casa. Sem ele, estamos passando por muitas dificuldades. Tenho certeza que após ser operado, teremos a nossa vida de volta. Não aguentamos mais essa angústia”, explicou.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde foi procurada, mas não deu retorno até o fechamento desta edição. (Marcela Freitas)