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Creches fazem manifestação na porta da Prefeitura de São Gonçalo

Responsáveis alegam que estão sem receber convênio firmado com o Executivo

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 01 de novembro de 2017 - 19:32
Manifestantes fecharam a Rua Feliciano Sodré por quatro horas
Manifestantes fecharam a Rua Feliciano Sodré por quatro horas -

Cerca de 40 funcionários e pais de alunos das creches conveniadas à prefeitura realizaram uma manifestação em frente a sede do prédio do executivo, na manhã de hoje, para questionar a falta de renovação do contrato com as instituições de ensino. O protesto começou, por volta das 9h, e o grupo fechou a Rua Feliciano Sodré, principal rua do Centro, por cerca de 4h, o que prejudicou o trânsito da cidade. 

Os manifestantes reivindicaram também por salários atrasados há mais de quatro meses. Segundo eles, há 33 creches conveniadas em São Gonçalo que recebem crianças com idades entre 2 e 5 anos. Elas estão sendo prejudicadas pela falta dos convênios com a prefeitura.

"A prefeitura não está honrando o convênio com a gente. Aliás, estamos trabalhando 2017 sem convênio, sem contrato, estamos sem receber, pelo menos, desde maio. Tem creche que não recebeu nada esse ano, algumas receberam só até abril. Fazemos uma parceria com a prefeitura para criar um espaço de educação infantil nas comunidades, já que a prefeitura mesmo só tem cinco creches municipais, que não atendem toda demanda da população. Ninguém cobra nada das crianças, elas estudam e se alimentam de graça. Muitas creches não estão resistindo à falta de pagamentos e estão fechando", explicou uma das representantes do protesto, Isabela Goés, que trabalha na Creche Obra Comunitária no Jardim Bom Retiro. 

Mãe de um menino de três anos que estuda na Creche Comunitária Ceama, no Galo Branco, a auxiliar de serviços gerais Patrícia Soares Rosa desabafa que os principais prejudicados com a situação são as crianças e os pais. "As creches funcionam em horário integral, abrem às 8h e fecham às 17h. Muitos pais dependem dessas creches para irem trabalhar por não terem condições de pagar uma particular. Além disso, também há os casos mais graves de crianças que os pais não têm emprego, mas mandam os filhos para a creche para que elas possam se alimentar", finalizou Patrícia.

A assessoria de imprensa da Prefeitura de São Gonçalo informou que o diálogo está aberto com as unidades há alguns meses. A ausência de pagamentos se deve ao fato das creches conveniadas em questão terem pendências em suas prestações de contas e documentações. A Secretaria Municipal de Educação (Semed) esclareceu, ainda, estar pagando as creches que tiveram suas prestações de contas aprovadas. No mês de outubro, das 34 creches conveniadas, 28 foram pagas. Com intuito de resolver as situações pendentes e garantir que todas as creches atendam às leis e normas estipuladas pelo Ministério da Educação, a Semed publicará um chamamento público, ainda este mês, seguindo recomendação do Ministério Público. 

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