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Praça de São Gonçalo ocupada por moradores de rua pode virar rodoviária

Grupo está desempregado e não tem para onde ir

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 17 de outubro de 2017 - 09:59
 grupo de 20 moradores em situação de rua ocupa a Praça da Bíblia
grupo de 20 moradores em situação de rua ocupa a Praça da Bíblia -

A Praça da Bíblia, em Alcântara, São Gonçalo, poderá ser transformada em um mini terminal rodoviário. A implantação, no entanto, está em fase de estudos e viabilidade técnica. Enquanto não há definição sobre o que será feito, o local está abandonado e sendo usado por moradores em situação de rua, que alegam não ter ajuda da Prefeitura.

No último dia 27 de setembro, a Prefeitura de São Gonçalo realizou ação com agentes da Guarda Municipal e do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop). Eles retiraram pertences das pessoas que estavam morando debaixo do viaduto de Alcântara e da Praça Chico Mendes. Porém, em menos de 24 horas depois, todas as pessoas voltaram a ocupar o espaço.

Sem emprego e sem abrigo, o grupo de, aproximadamente 20 pessoas, garante não ter outro local para viver. Francisco Menezes, de 33 anos, disse que o grupo não tem intenção de incomodar, mas que devido a atual situação, eles são obrigados a viver ali. “Quem não gostaria de ter uma moradia? Adoraríamos ter emprego e um lugar para viver. Mas não oferecem qualquer solução. Pegam nossas coisas, jogam fora e fica por isso mesmo. Hoje, somos um grupo de quase 20 pessoas. Precisamos ficar juntos até pela nossa segurança. Meu sonho era ter um emprego”, disse. A mesma queixa é feita por Gedilson Silva Chaves, 39, que também está desempregado e vivendo nas ruas. “Eu sou de Alagoas e vim para trabalhar. Atuava no restaurante de um hotel que faliu. Me vi obrigado a vir para a rua e aqui vivemos como dá”, garantiu. A assessoria de imprensa da Prefeitura de São Gonçalo informou que são realizadas ações periódicas no local para identificar famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social, com direitos violados. O objetivo é promover ações de reinserção familiar e comunitária e garantir a cidadania. A nota diz ainda que mais de dez moradores que ocupavam a praça já foram encaminhados para abrigos e foram cadastrados no Centro Pop e encaminhados para retirada de documentação (identidade e CPF) e inscrição do Cadastro único (Caúnico).

Este ano, só no primeiro semestre, o Centro Pop e a Defensoria Pública cadastraram mais de 80 pessoas em situação de rua.

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