Parada Gay acontecerá no Centro de São Gonçalo

Após reunião entre representantes da Prefeitura de São Gonçalo e os grupos Liberdade/Santa Diversidade e Gay Atitude, organizadores da Parada LGBT de São Gonçalo, foi decidido que o percurso da parada, que acontecerá no dia 17 de setembro, será mantido, mas com novo ponto de concentração.

O grupo atendeu os argumentos da gestão municipal de que o barulho dos trios na concentração afeta o funcionamento dos hospitais nas imediações da Praça Zé Garoto. Por essa razão, a concentração do ato, a partir das 15h, será em frente à prefeitura. Dali, o movimento percorrerá a principal avenida da cidade até o Clube Mauá, como tradicionalmente tem sido feito.

A Parada LGBT de São Gonçalo acontece desde 2004 e está em sua 14ª edição. Este ano, terá como tema: “Pessoas LGBT: mexeu com uma, mexeu com todas”. Um dos principais convidados deste ano será o ator Silvero Pereira, que interpreta o motorista Nonato e a travesti Elis Miranda na novela ‘A Força do Querer’.

“Através das personagens, é discutida a questão da identidade de gênero, uma das bandeiras do movimento de gays, lésbicas, travestis e transexuais. Por isso, pensamos que o nome do Silvero é emblemático para marchar com a gente em São Gonçalo”, afirmou Stefani Brasil, atual presidente do Grupo Liberdade/Santa Diversidade, justificando a escolha do ator para ser padrinho da Parada deste ano.

A prefeitura chegou a propor aos grupos que a manifestação fosse transferida para a Praça dos Ex-combatentes, no Patronato, mas os grupos reagiram e não aceitaram. “Houve um embate porque a prefeitura, sem conhecimento, achava que era uma festa, mas a Parada é uma manifestação. Conseguimos argumentar e mantivemos a parada no Centro. Não vejo como uma perda de metros, mas sim uma vitória de nosso movimento que continua mantendo sua visibilidade. A parada é nossa e decidimos onde iremos nos manifestar”, declarou o jornalista Well Castilhos, fundador do Liberdade/Santa Diversidade.

Homenagem – Na Parada, os grupos promoverão o encontro de mães e familiares de LGBTs atingidos pela homofobia no município. (Marcela Freitas)