Piscinão de São Gonçalo está abandonado e sem previsão de reabertura

Por Marcela Freitas

O mato com mais de um metro substitui o famoso espelho d’água da área pública de lazer de São Gonçalo: o Parque Ambiental Praia das Pedrinhas, conhecido como Piscinão de São Gonçalo. O estado de abandono não se limita apenas à piscina natural. Outros equipamentos sofrem com a falta de investimentos. Catracas quebradas, falta de manutenção e vigilância colocam em evidência o abandono e prejudica o lazer dos gonçalenses.

Inaugurado pela primeira vez, em outubro de 2004, o Piscinão tinha como proposta oferecer lazer, cultura e esporte em um só lugar. E é essa lembrança que o universitário Jonata Casimiro, de 22 anos, tem do espaço. “Comecei a frequentar aqui ainda criança. Jogava bola com os amigos e aproveitava para me refrescar. Era muito bom contar com lazer e esporte em um único lugar. Hoje, ver tudo abandonado, me entristece. Sempre que tenho uma folga, gosto de vir aqui correr na areia. Infelizmente, é a única coisa que nos resta”, lamentou.

O jogador Matheus Lessa, 22, morador de Itaúna, também costuma se exercitar no local com amigos. “Essa era a área de lazer mais importante da cidade. Por enquanto, ainda podemos nos exercitar na areia e na academia. Mas não sei até quando poderei fazer isso. Acho uma atitude muito estúpida dos governantes em não assumir a área como se deve”, reclamou.

Em nota, a assessoria de imprensa da Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro (Suderj) informou que, devido à grave crise financeira do Estado, que exige forte contingenciamento de despesas, eles estão procurando outras formas de financiamento do lago, avaliando possíveis parcerias. Entretanto, o Parque está funcionando normalmente. O local tem à disposição dos frequentadores, áreas de lazer como as academias ao ar livre, pista de caminhada e quadra para a prática de esportes na areia.

Piscinão – Da inauguração até hoje, divergências entre Estado e o município provocaram o abandono do local. O Parque foi fechado em 2008 e reaberto em 2010. Para sua reabertura foram investidos R$ 4 milhões. O espaço contava com quiosques, posto salva-vidas, banheiros, duchas e estação de tratamento com capacidade para bombear 50 litros de água da Baía de Guanabara por segundo.