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Talento que supera barreiras

Aos quatro anos, menina autista apaixonada pela leitura impressiona pela agilidade e memorização

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 22 de julho de 2017 - 10:30
Imagem ilustrativa da imagem Talento que supera barreiras

Por Marcela Freitas

Com mais de 50 livros lidos e tendo a Biblioteca Municipal de São Gonçalo como seu ponto de lazer preferido, Maria Luisa Cabral é uma apaixonada pela leitura. Malu, como é conhecida, chama a atenção pela agilidade e domínio da memorização. Com apenas quatro anos, Malu se destaca em relação a outras crianças e foi justamente essa inteligência exacerbada que levantou a suspeitas da família em relação ao seu desenvolvimento.

Diagnostica com síndrome de Asperger ou Transtornos do Espectro Autista (TEA), em 2016, Malu, desde os dois anos, já fazia junção das palavras para formar frases, seu conteúdo preferido em vídeos, sempre foi à linguagem e o encantamento pelos livros foi natural.

No último dia 7 deste mês, Malu atraiu todos os olhares no Arraiá Literário que aconteceu na Biblioteca (Lavourão). No evento ela recitou trechos da literatura de cordel – A pedra do Meio Dia. Aos pais, ela garante que será uma autora e já ensaia a produção de suas primeiras poesias. “Eu amo ler. Essa semana, eu já li quatro livros. Queria trabalhar nessa biblioteca”, brincou ela.

A mãe, a professora Ana Maria Cabral, 40 anos, disse que receber o diagnóstico não foi fácil, mas junto com o marido, eles estão conseguindo auxiliar a menina. “Aos sete meses, ela falou a primeira palavra e aos dois, já lia sozinha. Achamos estranho e fomos atrás de muitos médicos. Não sabia muito sobre o autismo e, ainda estamos nessa caminhada de descobertas. Tentamos matriculá-la em duas escolas particulares que não se adaptaram a ela. Foi então que conseguimos uma vaga em uma escola da rede municipal. Com apenas três meses na escola, ela tem avançado muito na socialização”, contou.

Apesar do amor pela leitura, Malu ainda não escreve, mas reconhece as letras e digita no computador suas poesias. “Ela fala que será escritora, mas pela pouca idade ainda não consegue dar uma linearidade nas histórias. Vamos ajudá-la no que for preciso”, disse o pai, o vendedor Cláudio Cesar Costa, 49.

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