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Casas da linha do trem voltam a ser ocupadas no J. Catarina

Imóveis feitos nas proximidades da linha do trem foram destruídos, mas estão sendo ocupados

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 18 de julho de 2017 - 11:00
Imóveis feitos nas proximidades da linha do trem foram destruídos, mas estão sendo ocupados
Imóveis feitos nas proximidades da linha do trem foram destruídos, mas estão sendo ocupados -

Por Marcela Freitas

Quatro anos depois da desapropriação dos imóveis, na Linha Férrea, no Jardim Catarina, muitas famílias estão retornando ao espaço e reconstruindo novas casas nos escombros das antigas construções. 

A denúncia é feita por moradores do bairro, que apontam falta de fiscalização. À época cerca de 300 casas foram desapropriadas no bairro para preparar o terreno para as obras da Construção da Linha 3 do Metro, que nunca saiu do papel. 

Parte das famílias foram realocadas em apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida, no Mundel e Jóquei. Entretanto, coma falta de fiscalização, muitas pessoas voltaram a ocupar os imóveis e outros nem chegaram a sair. 

“Acho que há um problema de comunicação entre os órgãos. Desde o momento em que a pessoa recebe o imóvel e está realocada, a Prefeitura precisa vir aqui e demolir a casa.Muitos imóveis ficaram em pé ou tiveram apenas algumas partes destruídas e isso possibilitou a ocupação”, disse um comerciante do bairro. 

Um outro morador argumentou que não adianta tirar as famílias para deixar a área abandonada. 

“Chegaram aqui e destruíram tudo com a promessa de uma obra que não foi iniciada. Apoiamos as obras e suas melhorias. Mas o que vemos aqui são mato e abandono”, reclamou. 

Indenização – O advogado Sandro Guimarães, representa cerca de 50 famílias, que viviam ou mantinham comércios no local. Ao todo são 20 ações de indenização, que ultrapassam o valor de R$ 500 mil cada. O processo está em fase de defesa do órgão municipal e ainda não foi julgado. 

Segundo Sandro, ele vem acompanhando as famílias desde 2004, quando veio o primeiro aviso de desapropriação dos imóveis. Na época ele conseguiu reverter, mas segundo ele, arbitrariamente as famílias foram retiradas de seus imóveis sem aviso prévio. 

“Muitas famílias viviam aqui há 20 anos e tinham comércios no mesmo espaço. Com alvará do comércio, luz e todas as documentações em dia. Eles foram retiradas arbitrariamente. A prefeitura prometeu dar a eles  um novo imóvel e um comércio em forma de Box em Alcântara, mas essa promessa nunca saiu do papel. As famílias estão hoje em sua maioria vivendo na casa de parentes”, contou. 

Sandro garantiu ainda que nenhum de seus clientes retornou  para o local. 

“As famílias que assisto perderam seus imóveis em totalidade. No lugar das casas tem muito mato. Não houve e não há qualquer tentativa de retomada da área. Eles estão aguardando a decisão da justiça, esclareceu.

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