Outra rodovia no ‘buraco’
RJ-100 é outra estrada estadual da região abandonada, causando riscos de acidentes
Se no ‘Meio do Caminho’, de Carlos Drumond de Andrade existia uma pedra que virou poema, no meio do caminho de quem precisa circular pela RJ-100, conhecida como Estrada Velha de Maricá, na altura do Rio do Ouro, existem crateras no asfalto, calçadas quebradas e árvores, muitas árvores que atrapalham a circulação. Mas os moradores do local não vêem o caos como inspiração. Por lá, o que não falta é motivo para reclamar.
Em um dos principais acessos ao bairro Rio do Ouro, o asfalto está esburacado e com muitas ondulações. Por ser perto de uma curva acentuada, os moradores afirmam que a freada brusca para fugir dos buracos é a principal causa de acidentes de trânsito por lá.
“Os carros vem numa velocidade da outra estrada e ao fazer a curva e ‘cair’ na Estrada Velha, os motoristas percebem os buracos e precisam frear em cima. Isso causa muita batida”, informou o porteiro escolar, Antônio Mendes, de 64 anos, que mora no bairro desde que nasceu.
Uma coisa que chama a atenção na região é que somente um sentido da RJ-100 pertence ao município de São Gonçalo. “É fácil saber qual lado é de São Gonçalo. Só você olhar as condições. Aquele lado está recapeado, porque a prefeitura da outra cidade veio e fez a sua parte, mas do lado de cá, estamos desse jeito”, explicou o porteiro.
Mas a falta de manutenção não atinge somente quem circula de carro por lá. Andar à pé também é uma aventura, já que calçadas também estão bastante danificadas.
“Estamos pedindo por cerca de dois anos, que venham ver essa árvore. A raiz dela está destruindo a calçada, e todos os dias alguém tropeça ou chega a cair aqui. Um profissional precisa fazer alguma coisa, pois não temos nem como consertar a calçada por conta própria”, reclamou o comerciante Carlos Eduardo Vargas, de 45 anos.
A prefeitura de São Gonçalo informou, através de sua Secretaria de comunicação, que a Subsecretaria de Conservação e Obras irá enviar uma equipe ao local na próxima semana para verificar a demanda e incluir a rua no cronograma de tapa-buracos. E acrescentou que a Subsecretaria de Parques e Jardins irá enviar uma equipe para analisar a necessidade, ou não, de retirada ou poda da árvore.