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Luta para voltar a enxergar

Pais da pequena Duda fazem ‘vaquinha’ para menina ser submetida à cirurgia na Tailândia

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 02 de julho de 2017 - 09:45
Cinthia e Luiz Fernando iniciaram há um mês a campanha, que visa arrecadar R$ 150 mil para gastos com a viagem e o tratamento
Cinthia e Luiz Fernando iniciaram há um mês a campanha, que visa arrecadar R$ 150 mil para gastos com a viagem e o tratamento -

Por Daniela Scaffo

O sonho de todos os pais é ver os filhos indo para a escola e aproveitar a infância. Esse também é o caso dos gonçalenses Cinthia Ferreira de Souza Paiva e Luiz Fernando dos Santos, ambos de 28 anos, genitores da pequena Maria Eduarda Paiva dos Santos, chamada carinhosamente de Duda, de 6, que desenvolveu uma retinopatia de prematuridade, doença que a deixou cega. Para ajudar no tratamento, os autônomos realizam uma “vaquinha online” com objetivo de arrecadar R$150 mil para um tratamento na Tailândia.

Maria Eduarda nasceu no Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca, Niterói, aos seis meses de gestação, pesando apenas 745 gramas e medindo 31 centímetros. A menina precisou ficar internada por quase três meses e acabou adquirindo uma bactéria hospitalar no sangue, perdendo mais 235 gramas.

Apesar de os médicos terem feito todos os exames quando Maria Eduarda nasceu, a pequena só foi diagnosticada com a síndrome aos cinco meses, quando seus pais pensaram que ela estava com conjuntivite e a levaram ao médico.

“Quando ela nasceu, ninguém informou nada sobre a doença. Ela não tinha nenhum tipo de anormalidade e parecia ser uma criança saudável como qualquer outra. Somente aos cinco meses, descobrimos que a Duda possuía retina atrofiada dos dois olhos”, contou Cinthia, que mora no Jóquei.

Por causa do problema, a menina ainda está no processo de desfralde, teve atrasos na fala, ainda não pode estudar e tem problemas para dormir por causa da falta de sensibilidade à luz. Duda realiza atualmente o tratamento no Centro de Apoio ao Deficiente Visual (Cadevisg), no Porto Velho.

Mas nem por isso Cinthia e Luiz Fernando desistiram de encontrar tratamentos para a filha. Eles iniciaram uma busca pela internet há cerca de um mês e descobriram um procedimento com células tronco na Tailândia, que custa R$150 mil, entre passagem, acomodação, tratamento e alimentação.

“Eu entrei em contato com o hospital e um representante brasileiro começou a comunicação comigo. Enviei os exames da Duda e eles disseram que o caso dela tinha jeito, mas os custos são bem altos e não temos condições de arcar com 20 dias de duração do tratamento”, informou Cinthia.

Ajuda pela internet ou conta bancária

O caso da menina repercutiu na internet e, em menos de uma semana já recebeu 300 curtidas na página do Facebook (https://www.facebook.com/AjudeDudinha/). A família também abriu uma campanha online para ajudar a arrecadar o montante, que pode ser conferida no endereço online (https://www.vakinha.com.br/%E2%80%A6/ajude-a-dudinha-enxergar-a-vida).

Quem quiser ajudar diretamente à família, também pode realizar depósitos bancários no Itaú, agência 6030, conta corrente 22607-7/500, em nome de Cinthia Ferreira de Souza Paiva.

A doença - A retinopatia da prematuridade é uma doença que causa alteração no crescimento da retina. O problema está indiretamente ligado à idade gestacional e peso ao nascimento do prematuro. A hipóxia ou a hiperóxia, transfusão de sangue e as infecções podem aumentar a possibilidade do desenvolvimento da doença.

A doença se desenvolve por causa do crescimento desordenado dos vasos sanguíneos que suprem a retina, que é a camada mais interna do globo dos olhos. Em casos mais sérios, a retina pode descolar e ocasionar a perda da visão da criança.

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