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Estudantes de Direito da UFF criam uniforme especial para participar de Jogos Jurídicos Estaduais

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 18 de junho de 2017 - 11:30
 A camisa criada pelos estudantes quis criar representatividade assim como acolhimento e respeito
A camisa criada pelos estudantes quis criar representatividade assim como acolhimento e respeito -

Por Letícia Lopes

No mês em que se comemora o Dia do Orgulho LGBT, uma iniciativa importante foi levada por alunos da Faculdade de Direito da UFF para os Jogos Jurídicos Estaduais, em Volta Redonda. A edição deste ano da competição universitária até este domingo na cidade do sul fluminense e contará com um uniforme especial de combate à LGBTfobia.

Inspirada na frase “Que Deus perdoe essas pessoas ruins”, escrita na camisa usada pelo jogador de futebol Adriano num jogo entre Vasco e Flamengo, em 2010, “Que Gaga perdoe essas delegações preconceituosas” homenageia a cantora Lady Gaga e será levada para os Jogos Jurídicos para criar representatividade, acolhimento e pregar o respeito a diversidade sexual e de gênero dentro da competição.

“A existência da camisa é a representatividade, é mostrar que a gente está ali e que o preconceito não vai passar, que a gente merece ser respeitado”, pontuou a estudante do 3º período Marcelly Lizandro, membro do Lamparinas desde a sua formação.

No dia 17 de maio de 2016, 26 anos exatos da retirada da homossexualidade da lista de patologias da Organização Mundial da Saúde, os estudantes LGBTs da instituição criaram o Coletivo Lamparinas. Inspirado no “Lampião da Esquina”, jornal homossexual que circulou nos anos de 1978 e 1981, o grupo se identifica como “um espaço de diálogo e de luta, na construção de uma Faculdade de Direito plural e inclusiva”.

Numa festa da faculdade no ano passado, a estudante do 5º período Mariana Ayodeli, de 23 anos, sofreu uma série de provocações enquanto se divertia junto com a namorada. Num determinado ponto, ao reclamar com os homens que as incomodava, o casal chegou a ser agredido.

“Eles realmente foram ‘pra’ cima de nós duas, e o segurança chegou, separou, mas não fez nada e eu fiquei o resto da festa com medo de andar e encontrar com um deles, e eles tentarem fazer alguma coisa com a gente”, lembrou Mariana.

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