Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 5,2538 | Euro R$ 5,5963
Search

IML ‘respira’ por aparelhos

Deputado Nivaldo Mulim pede ajuda para manter a unidade de São Gonçalo funcionando

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 08 de junho de 2017 - 10:00
Nivaldo visitou o Instituto Médico Legal de Tribobó com a sua equipe na última sexta-feira
Nivaldo visitou o Instituto Médico Legal de Tribobó com a sua equipe na última sexta-feira -

Por Marcela Freitas

Diante dos conhecidos problemas enfrentados pelo Instituto Médico Legal (IML) de São Gonçalo, que corre o risco de encerrar suas atividades por falta de investimentos do Governo do Estado, o deputado estadual Nivaldo Mulim (PR) esteve na unidade para conversar com a direção do órgão e traçar estratégias para revitalização do espaço.

O deputado disse que constatou diversas irregularidades como falta de manutenção, câmeras frigoríficas queimadas e ausência de material para trabalho. “Ainda em 2016, apresentei uma emenda de prioridade a fim de melhorar a infraestrutura de funcionamento do IML de Tribobó. O trabalho parlamentar pode não ser tão evidente, mas ele é de extrema importância para fazer cobranças ao Executivo”, disse.

O deputado contou que ficou surpreso com as condições encontradas durante a visita que vez ao local na última sexta-feira. “A situação é a pior possível. Encontrei uma equipe e uma diretoria do IML que resistem bravamente a falta de estrutura e ausência de insumos. Já oficializamos nosso pedido de ajuda através de uma Indicação Legislativa apresentada ontem (terça-feira). Mas, além disso, levaremos as demandas ao Governo do Estado com nossa solicitação de uma regularização urgente na unidade, pois ela é responsável por atender uma região que abrange mais de dois milhões de pessoas de São Gonçalo e municípios vizinhos”, explicou.

O diretor do órgão, Márcio Costa, disse que está esperançoso com a visita, que pode trazer as melhorias esperadas. “Toda a ajuda é bem-vinda e necessária. Espero que o deputado possa trazer parceiros para colaborar com as nossas necessidades. Neste momento, ainda não tivemos ajuda concreta e estamos apenas conversando”, disse.

Ainda segundo o diretor, o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), que é obrigação do município e era feito pelo Estado, através do IML, será feito agora em parceria. “Estamos aguardando a visita dos secretários de Saúde de São Gonçalo e Itaboraí amanhã (hoje) para traçar essas questões. Vamos ceder o espaço e o município entra com as contrapartidas. O trabalho dará mais agilidade a casos como, por exemplo, óbitos dentro de residências”, afirmou.

Técnicos se revezam na limpeza e na recepção

O diretor do órgão, que ressaltou o empenho dos funcionários para manter a unidade em funcionamento, disse que o IML de São Gonçalo realiza, em média, a liberação de 150 corpos e 570 perícias por mês. “Estou dirigindo essa unidade desde janeiro. Alguns problemas, nós conseguimos solucionar. Mas outros fogem da nossa alçada. O IML só está funcionando porque os funcionários estão empenhados em manter a unidade aberta. Os técnicos se revezam na limpeza e recepção, mesmo que isso não seja uma obrigação deles. Eles também colaboram e participam quando há a necessidade de comprar lâmpadas ou outros materiais necessários para o trabalho”, disse.

Márcio, no entanto, ressaltou que não é hora de culpar o governo. “Neste momento, não adianta falar que o governo não faz. É momento de ajudar. Se essa unidade fechar, todos os moradores da cidade serão penalizados. O IML de Niterói tem a metade da nossa capacidade em tamanho e não suportaria a demanda. Caso ocorra a interrupção no atendimento, pela logística, os corpos seriam levados para Campo Grande, que é bem distante daqui”, afirmou.

Matérias Relacionadas