Uma estrada de problemas

A RJ-104 pode ser considerada uma verdadeira ‘via-crúcis’. Com o significado literal da palavra é uma via ‘dolorosa’, ‘enfrentada’ pelos mais de 80 mil veículos que a cruzam por dia. Matos, buracos e falta de sinalização, são apenas alguns dos problemas da estrada. Entre os trechos com maiores problemas estão os viadutos no bairro de Maria Paula, Colubandê e Santa Luzia.

Mesmo sofrendo com o total abandono e falta de investimentos, a solução parece ser utópica. Segundo o Departamento de Estradas e Rodagens (DER), por enquanto não há previsão de intervenções no local por falta de verba. A crise que atingiu o estado do Rio afetou diretamente a estrada que é uma das mais importantes da região. Com 23 quilômetros de extensão, a Rodovia Amaral Peixoto liga Niterói, São Gonçalo e Itaboraí.

Orenir da Silva Pinto, 66 anos, morador do Coelho, disse que passa todos os dias pelo Colubandê, um dos piores trechos da rodovia. Ele garante ter medo de cruzar a via.

“Venho diariamente ao Ceasa e a cada dia vejo essa rodovia mais abandonada. Tenho receio de trafegar por ela, e por isso, só faço isso de manhã. A noite não tem iluminação e o mato alto a torna muito insegura. Sem contar que fica difícil visualizar os buracos”, afirmou.

No Viaduto de Santa Luzia os buracos também tomam conta da subida e descida.

“Aqui os acidentes são quase que diários. Muitos motoristas tentam desviar dos buracos e acabam colidindo. Queria entender para onde vai o pagamento dos impostos?”, questionou o motorista Julio Silva, 42 anos.