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Servidor com 35 anos de Uerj, lamenta situação

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 25 de abril de 2017 - 10:30
Renato tem 70 anos e há 35 trabalha na Uerj de S. Gonçalo
Renato tem 70 anos e há 35 trabalha na Uerj de S. Gonçalo -

Uma vida dedicada a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Renato da Silveira Duarte, de 70 anos, trabalha há 35 no campus da Faculdade de Formação de Professores (FFP), no bairro do Paraíso, em São Gonçalo. O que antes era um motivo de orgulho, hoje é a razão da tristeza do eletricista, que vê a continuidade de sua história ameaçada com o abandono da instituição.

Sem receber as verbas de custeio, por parte do Governo do Estado, a Universidade tem seu futuro incerto e, com ele o emprego de muitas pessoas que ainda se dedicam bravamente a manter a universidade viva.

Renato, que atua na manutenção predial da instituição, foi ontem pela manhã ao campus buscar informações sobre o andamento do trabalho. Sem receber há dois meses o salário e também o 13º, ele que planejava se aposentar em cinco anos, se vê obrigado a antecipar o pedido de aposentadoria, ficando assim, sem alguns benefícios.

“Já poderia estar aposentado, mas o salário é baixo. Se continuar até os 75 anos, incorporo a periculosidade ao meu pagamento. Mas, minha dedicação não é só pelo salário, gosto muito de trabalhar aqui. Fico triste em ver o que o governo está fazendo com seus funcionários”, relatou.

O abandono da Uerj faz Renato chorar. “Com esse trabalho eu criei meus filhos. Comecei como servente e hoje sou eletricista. Passei a metade de minha vida trabalhando em prol desse campus. Ver o estado que se encontra, me magoa profundamente”, afirmou. O Governo do estado informou que a normalização da atividades depende da concretização de um plano de revitalização financeira do poder público no Rio de Janeiro.

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