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Morte suspeita na região

Autoridades de saúde investigam se óbito em hospital de Niterói foi por febre amarela

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 05 de abril de 2017 - 10:30
Secretaria Estadual de Saúde vem mantendo uma campanha de vacinação em conjunto com municípios
Secretaria Estadual de Saúde vem mantendo uma campanha de vacinação em conjunto com municípios -

Por Daniela Scaffo

A Secretaria de Saúde do Estado confirmou mais uma morte por febre amarela ontem, em Porciúncula, na Região Noroeste. Esse é o segundo caso comprovado de óbito, o primeiro foi em Casimiro de Abreu. Uma outra morte de um idoso, morador de Silva Jardim - município vizinho a Casimiro de Abreu - mas que teria falecido no Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), com suspeita da doença, está sendo investigada.

O idoso, de 69 anos, era morador de Mato Alto, em Silva Jardim, e tomou a vacina contra a doença no último dia 19, tendo apresentado sintomas dois dias depois. Ele chegou a ser atendido na policlínica do município, mas foi transferido pela própria família para o CHN, onde morreu na quinta-feira (30).

De acordo com a Secretária Municipal de Saúde e Assistência Social de Silva Jardim, o paciente tinha autorização de sua médica para ser imunizado e foi vacinado. O órgão informou ainda que foi recolhida amostra de sangue do idoso e enviada para o laboratório Noel Nutels para análise. O resultado preliminar, que saiu na tarde da última sexta-feira, deu negativo para dengue, zika e chikungunya e positivo para febre amarela.

Ainda segundo a prefeitura, amostras de sangue serão enviadas novamente para análise, para identificar se o vírus era vacinal ou silvestre. A Secretaria de Saúde, informou ainda que a presença de febre amarela em Silva Jardim não foi confirmada oficialmente.

O presidente do Instituto Vital Brazil, Edimilson Migowski, relatou que o caso do idoso sugere que ele tenha adquirido a doença antes mesmo de tomar a vacina. Segundo o especialista, existem duas formas de detectar a doença.

“Uma das formas é a sorologia, que é a pesquisa de anticorpos contra a febre amarela, mas é um fenômeno um pouco mais tardio, apresentado no quinto ou sexto dia após a contração da doença. Outra forma é a pesquisa com o próprio vírus, que é a Reação Cadeia Polimerase”, explicou.

Ainda de acordo com Edimilson, o vírus é da mesma classe da dengue e da zica, que tem como comportamento principal a agressão nociva. “A doença pode causar hepatite grave, falência do fígado, renal e até morte. Também causa encefalite. É um infecção viral sistêmica que afeta vários órgãos, principalmente os renais e nervosos”, concluiu.

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