Praça vira palco de espetáculos
Crianças fazem apresentações para o público no Dia Internacional da Síndrome de Down
Por Cyntia Fonseca
Com o tema “Ser diferente é normal”, o Dia Internacional da Síndrome de Down foi celebrado, ontem, com um grande evento na Praça Luiz Palmier. Promovido pela Secretaria de Políticas Públicas para o Idoso, Mulher e Pessoa com Deficiência, o evento contou com a participação de instituições envolvidas no trabalho com pessoas com deficiência, além de oferecer serviços gratuitos a todos que passavam pelo local.
O evento iniciou com apresentação de Yasmin Cristina Ribeiro, dançarina de 9 anos. Aluna da Escola Municipal Maria Dias, no Porto Novo, ela, que tem Síndrome de Down, encantou o público com sua apresentação de balé. “Esse evento é para mostrar o valor da inclusão. É o primeiro evento que fazemos desse porte e acredito que fazendo isso, conseguimos mostrar à sociedade que eles podem, não apenas ser incluídos, como podem também ajudar, desenvolver ótimos trabalhos. E mesmo que seja o Dia Internacional da Síndrome de Down, estamos envolvendo também pessoas de outras deficiências, como cadeirantes e surdos”, explicou a subsecretária da Pessoa com Deficiência, Tânia Loyola.
Uma equipe do Centro de Reabilitação, Educação e Integração Social (Cerei) também esteve no evento e apresentou a encenação teatral “Linda Rosa Juvenil” com 14 alunos com Síndrome de Down e outras pessoas com deficiência de 5 a 50 anos. “Nós temos esse compromisso com a inclusão e com a comunidade em geral. De certa forma, mostramos que eles são, dentro das limitações deles, capazes, sim. São crianças e adultos premiados, empreendedores, talentosos. Nosso aluno mais velho, por exemplo, é o Jorginho, que tem 48 anos, e está há bastante tempo com a gente”, contou Fátima Moura, coordenadora e psicóloga da entidade.
Outra apresentação que também encantou a plateia foi a realizada por alunos do Colégio Municipal Mana Júnior, do Bairro Antonina. Formado por oito alunos, um deles com Síndrome de Down, o grupo de percussão tocou canções conhecidas da MPB.
O evento contou, ainda, com tendas da Sebrae, Secretaria de Desenvolvimento Social, nutricionistas, o grupo “Espalha Risos”, Centro de Referência Social (Cras), Defesa Civil e a Cruz Vermelha.
Alunos da Apae também se apresentaram. “Muitos não dão credibilidade ao trabalho que é feito com as pessoas com deficiência e ficam impressionados quando se apresentam. Ué, quem tem síndrome faz isso? Faz, sim, e muito mais. A ideia é valorizar completamente a inclusão e, por isso, fazemos um trabalho com arte, corpo, dança, por duas vezes na semana com os alunos”, contou Argeilson Cunha, coordenador artístico da Apae em São Gonçalo.