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Abandonada pelo Estado, RJ-104 pode ser privatizada

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 12 de março de 2017 - 10:40
Mureta do viaduto de Maria Paula está quebrada e a via repleta de crateras, assim como o trecho na altura do bairro Tribobó, No Colubandê, passarela está com estrutura corroída, um risco para os pedestres, como Elias Félix
Mureta do viaduto de Maria Paula está quebrada e a via repleta de crateras, assim como o trecho na altura do bairro Tribobó, No Colubandê, passarela está com estrutura corroída, um risco para os pedestres, como Elias Félix -

Por Marcela Freitas

Depois de décadas de abandono, a Rodovia Amaral Peixoto (RJ-104), que corta São Gonçalo e Niterói, pode ser privatizada. Em tempos de crise e cortes em gastos públicos, o governo do estado estuda entregar a a algumas rodovias à iniciativa privada. Segundo o Departamento de Estradas e Rodagens (DER), apesar da intenção, ainda não é possível adiantar detalhes do acordo que pode trazer melhorias para a rodovia, mas onerar ainda mais o cidadão com o pagamento de pedágios.

Com 25 quilômetros de extensão, a rodovia liga o município de Niterói, na altura da Caixa D’Água, região do Fonseca, até o viaduto da BR-101, no distrito de Manilha, em Itaboraí. Diariamente, segundo o DER, cerca de 80 mil veículos trafegam pela rodovia. Assim sendo, a via é uma das principais rotas para quem se desloca em direção à Zona Norte de Niterói, para os bairros de São Gonçalo e até para quem vai à Região dos Lagos, pois passando por Tribobó cruza com o início da RJ-106.

Durante a semana, OSG percorreu toda a extensão da RJ-104 e registrou vários problemas. No Colubandê, o guarda corpo sobre o Rio Colubandê está quebrado. No mesmo trecho, uma passarela que foi instalada para dar mais segurança a quem precisa caminhar sobre o rio está em péssimo estado de conservação e acabou sendo interditada.

“Moro no Colubandê há 45 anos e não vejo nenhuma melhoria. Fizeram uma passarela que não durou nada. A estrutura está toda corroída e temos que nos ariscar ao passar por aqui. Me pergunto onde é investido o dinheiro que pagamos de IPVA? ”, questionou o aposentado Elias Félix, 68 anos.

Moradora do bairro, a dona de casa Cláudia Moura, 41, disse que também tem receio de passar pelo trecho.

“A estrutura balança muito e ficamos assustados. Meu maior medo é saber que meu filho tem que passar aqui todos os dias para ir à escola”, afirmou.

No sub-bairro Rio Verde, em Tribobó, o mato tomou conta da calçada. “Há muito tempo não vemos nenhuma obra de melhoria aqui. Não é possível caminhar nesta calçada. O jeito encontrado é se arriscar e caminhar na pista”, reclamou o gerente comercial José Arteiro, 54.

Outros trechos também estão com problemas. Em Maria Paula, a mureta do viaduto está quebrada há meses e a via está repleta de buracos. Em Tribobó, a falta de tampa num bueiro às margens da rodovia representa um perigo iminente. Além disso, árvores precisam de poda e o mato alto toma conta do local. Uma outra preocupação dos moradores é quanto o mau estado de conservações de passarelas.

Em nota, o DER informou que está ciente dos problemas citados na RJ-104 e aguarda o reequilíbrio das finanças do Estado para regularizar os serviços relacionados à manutenção rotineira das vias. O órgão afirmou, também, que segue monitorando as condições de trafegabilidade da rodovia e espera iniciar dentro de alguns dias uma operação tapa-buracos. E finalizou informando que vem estudando a privatização de algumas estradas, mas por enquanto não há detalhes sobre as possíveis concessões.

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