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Falta até luz em escola de São Gonçalo

Vistoria em unidades de ensino constata falta de professores e de fogão para fazer a merenda

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 18 de fevereiro de 2017 - 10:30
 Diretora do Sepe, Judy Helen disse que ficou assustada com o que viu nas instituições de ensino
Diretora do Sepe, Judy Helen disse que ficou assustada com o que viu nas instituições de ensino -

Por Marcela Freitas

Reaberta há poucos meses, a Escola Municipal Marluce Salles Almeida, na Trindade, continua sem condições de funcionar plenamente. Foi o que constatou a direção do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) durante visita à unidade, no início da tarde de ontem.

Em 2010, a instituição de ensino sofreu um grande impacto estrutural com o temporal, mas continuou funcionando. Em março de 2014, a secretaria de Educação decidiu, após solicitar laudo técnico, transferiu os 410 alunos para uma escola alugada em Nova Cidade. Entretanto, no final do ano passado, a escola foi reformada e reaberta.

A diretora do Sepe, Judy Helen Rodrigues, disse que ficou assustada com o que viu. A escola está sem energia elétrica, sem fogão para produzir a merenda dos estudantes, além de sofrer com carência de professores e servidores. Apenas três turmas estão tendo aula.

“Mesmo que os profissionais não tivessem em greve não haveria condições de funcionar. A escola não tem aula e a merenda é fria (biscoito e suco). As turmas estão sendo dispensadas mais cedo. Além disso, a calçada da escola está tomada por lixo”, disse.

A mesma precariedade foi constatada no Colégio Visconde de Sepetiba, em Nova Cidade, que tem carência de sete professores. “A escola não tem serventes e professores, entre eles dois do primeiro seguimento do ensino fundamental”, verificou Judy.

Mãe de uma aluna do 1º ano, Luciana Alves, 34, comentou que as aulas de sua filha foram iniciadas na quinta-feira (16). “A professora dela estava em greve, mas acabou assumindo a turma. Hoje é o segundo dia de aula”, disse.

O Sepe também encontrou problemas na Escola Municipal Célia Pereira da Rosa, em Santa Isabel. A instituição de ensino tem 42 alunos com necessidades de ensino especializado, mas conta apenas com um único professor de apoio. Já a Escola Municipal Carlos Maia, no Porto Velho, está em obras e sem condições de receber os alunos.

Greve - As aulas da rede municipal de São Gonçalo deveriam ter começado no início de fevereiro. No entanto, cerca de 80% das unidades estão funcionando parcialmente ou estão em greve geral. Os professores reivindicam aumento do piso salarial, 1/3 da jornada destinada ao planejamento das aulas e recebimento integral do salário de dezembro. No próximo dia 22, o Sepe fará um ato, na frente da Secretaria de Educação, na Estrela do Norte, em repudio à situação das unidades de ensino. 

A Secretaria Municipal de Educação  (Semed) informa que vem realizando um levantamento junto aos diretores das unidades de ensino para identificar o número de professores desviados e que publicou a Portaria 006/2017, que estabelece critérios mais adequados à concessão de dupla regência e hora extra. Somente a partir deste levantamento, inédito na rede, será possível apontar o real déficit de profissionais e tomar as medidas cabíveis para completar o quadro.Sobre a greve dos professores, a Semed informa que o pagamento de salários é uma atribuição da Secretaria de Administração e Governo. No entanto, ressalta que o governo honrou o compromisso de quitar o 13ª e adiantar o pagamento do salário de janeiro, assumido com a categoria durante reunião realizada no dia 20 de janeiro. 

Na última sexta-feira (10/02), o governo cumpriu o compromisso de atender às três demandas do Sindicato dos Servidores Públicos Efetivos (Sindspef-SG): adiantamento da primeira parcela dos salários de dezembro - antes anunciada para 28/02 -, dívida sobre o 1/3 de férias e diferença devida dos funcionários que se aposentaram em 2016. Após assembleia geral realizada nesta quinta-feira (16/02), o Sindicato dos Servidores Públicos Efetivos de São Gonçalo (Sindspef-SG) decidiu pôr fim à greve que durava desde 21 de dezembro de 2016.

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