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SG: escolas estão em greve

Cerca de 80% dos colégios funcionam precariamente ou estão totalmente sem atividades

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 17 de fevereiro de 2017 - 10:30
Francisca Rita tem filho autista de 14 anos, matriculado na rede municipal, que está sem estudar
Francisca Rita tem filho autista de 14 anos, matriculado na rede municipal, que está sem estudar -

Por Daniela Scaffo

As aulas da rede municipal de São Gonçalo deveriam ter começado no início de fevereiro. No entanto, cerca de 80% das unidades estão funcionando parcialmente ou estão em greve geral. Os professores reivindicam aumento do piso salarial, 1/3 da jornada destinada ao planejamento das aulas e recebimento integral do salário de dezembro.

“As nossas pautas de reivindicações são as mesmas do governo anterior, com acréscimo da solicitação do recebimento do salário integral de dezembro. Nós não aceitamos parcelamento”, informou a coordenadora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) de São Gonçalo, Maria do Nascimento Silva.

Ainda segundo Maria, mesmo se houvesse o fim da greve, 70% das escolas funcionariam de forma precária. O Sepe visitou algumas unidades e constatou que a maior parte está sem meios de trabalhar plenamente. “Algumas escolas estão recebendo merenda, mas não têm merendeira. Outras têm merendeira, mas não tem gás ou geladeira. Estamos passando por um momento de precariedade e a gente não pode assumir isso sozinho. Eles dizem que a greve atrapalha o retorno das aulas, mas esquecem que a precariedade nas unidades também atrapalha o desenvolvimento”, explicou Maria.

Uma das escolas que aderiu completamente ao movimento foi o Colégio Municipal Presidente Castello Branco, no Boassu, um dos mais tradicionais da cidade. Situação semelhante foi encontrada na Escola Municipal Florisbella Maria Nunes Haase, no Boa Vista. Cerca de 50% dos professores da unidade, que atende cerca de 480 alunos, aderiram ao movimento.

“Ele entrou, no ano passado, na Florisbella e, desde então, só teve três meses de aula. Isso prejudica o desenvolvimento dele. A gente quer o melhor para os nossos filhos, apesar de entender o movimento dos professores”, explicou a dona de casa Francisca Rita da Silva, 51, que tem um filho autista de 14 anos. A assessoria de imprensa da Prefeitura de São Gonçalo foi procurada, mas não deu retorno até o fechamento desta edição.

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