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Camelôs retirados de Alcântara

Fiscais da Prefeitura desocupam calçadas em operação que promete ser regular na cidade

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 09 de fevereiro de 2017 - 11:00
A operação foi apenas de notificação aos ambulantes e nenhuma mercadoria foi apreendida
A operação foi apenas de notificação aos ambulantes e nenhuma mercadoria foi apreendida -

Por Daniela Scaffo

Cerca de 60 camelôs que se instalaram embaixo do viaduto de Alcântara e arredores, em São Gonçalo, foram retirados dos espaços públicos no fim de tarde de ontem. A ação foi feita por agentes da Subsecretaria de Fiscalização e Posturas, em parceria com a Guarda Municipal e a Secretaria de Segurança Pública em parte da Estrada Raul Veiga e na Rua Jovelino de Oliveira Viana.

De acordo com o coordenador de Fiscalização e Postura, Everson Fernandes, a ação teve objetivo de organizar a cidade e continuará ao longo da atual gestão. Nenhuma mercadoria foi apreendida. “Estamos pegando os pontos críticos e acertando aos poucos. Embaixo do viaduto de Alcântara, as pessoas estavam tendo que passar pela rua enquanto os camelôs ocupavam as calçadas. Isso não pode acontecer”, explicou.

Posteriormente, a prefeitura também irá fiscalizar as barracas legalizadas que ultrapassam o limite permitido de 1,20m por 80cm. “Iremos realizar essas operações por etapas. Não temos intuito de atrapalhar ninguém, apenas de manter a ordem na cidade”, disse o fiscal de posturas Daniel Carvalhaes.

Ainda segundo os fiscais, os ambulantes foram informados, na manhã de ontem, de que a ação iria ocorrer, mas eles continuaram com as barracas nas ruas. A atuação irá ocorrer em outros bairros. “Queremos manter esse espaço livre para que os pedestres consigam atravessar com segurança e não ocupem as vias, dando possibilidade de fluxo no trânsito”, finalizou Fernandes.

A ação foi elogiada por pedestres que tinham que ‘disputar’, diariamente, o espaço com as barracas. “Eu passo, diariamente, aqui e acho isso um absurdo. Está certo que eles estão trabalhando, mas simplesmente fecham as vias. Há dias que tem barracas até na pista”, contou a doméstica Carla Christina Teixeira, de 52 anos.

Prejudicados – Em período de crise econômica, os camelôs se sentem prejudicados. “Essa é a única renda que temos. Para piorar, a gente nunca consegue vagas para legalizar nossas barracas”, contou Sônia Azevedo, 43. Outros camelôs, que preferiram não se identificar, disseram que a ação os deixou sem perspectiva. Eles também informaram que nunca foram comunicados que precisavam legalizar. “Trabalhamos, há mais de um ano, vendendo pães e ninguém nunca falou nada sobre legalização. Apenas sabemos que é muita burocracia e quase ninguém consegue. Não sabemos nem o que vamos fazer”, disse um deles.

Cadastro – Os ambulantes devem procurar a Subsecretaria de Fiscalização e Posturas, até o fim de fevereiro, para fazer o recadastramento e pagar uma taxa de 15 Ufirs (R$47,85).

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