De SG para o espaço, via EUA

Por Matheus Merlimt

Você aceitaria um desafio da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, para desenvolver um projeto de astronomia? Seis estudantes de escolas particulares e federal, de São Gonçalo e Niterói, aceitaram e vão apresentar um protótipo na “Nasa Human Exploration Rover Challenge”, competição que acontece entre 30 de março e 1º de abril, na cidade de Huntsville, no Alabama (EUA). Mas para chegar até lá, eles precisam contar com a solidariedade.

Para o concurso, os estudantes terão que construir um “Rover”, que será, neste caso, um quadriciclo que deve suportar duas pessoas e ultrapassar obstáculos que simulam terrenos extraterrestres no menor tempo possível.

O custo da construção do protótipo, unido aos gastos de passagens, hospedagem e alimentação, ficará em torno de R$40 mil. Para conseguir levantar a grana e viajar representando o Brasil, já que são a primeira e única equipe nacional classificada para a etapa, eles montaram uma ‘vaquinha online’.

“Sempre gostei de astronomia e quando descobri que existia essa competição, fiquei animada. Procurei uma professora que indicou uma estudante, que indicou outro e formamos o grupo. Estamos animados e com a expectativa boa para conseguirmos montar o projeto e trazer o troféu para o Brasil”, contou a estudante Rafaela Bastos, de 17 anos.

Além de Rafaela, o grupo, chamado de “Spacetroopers” é formado também pelos estudantes Yago Dutra, 15; Larissa Ferreira, 18; Alexandre Rodrigues, 18; Nathalia Pires, 17; e Fellipe Franco, 17. Os dois últimos cursam, juntos ao término do Ensino Médio, a faculdade de Engenharia Química, na Universidade Federal Fluminense (UFF).

Juntos, os integrantes colecionam mais de 50 medalhas em competições científicas regionais, nacionais e até internacionais em disciplinas como Astronomia, Robótica, Matemática, Química e Biologia.

Para ajudar os adolescentes com a viagem, basta doar através do site: www.vakinha.com.br/vaquinha/primeiro-grupo-brasileiro-no-nasa-rover-challenge.

Desafio - De acordo com o grupo, o desafio da competição foca nos atuais planos de exploração do Sistema Solar. O objetivo do programa é encorajar a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias para futuras missões tripuladas ou não a outros mundos. O “Rover” tem características específicas que precisam ser atendidas. Entre elas, ser movido por força humana e carregar dois estudantes, de ambos os sexos, por um percurso de meia milha (aproximadamente 800 metros) cheio de obstáculos que simulam terrenos extraterrestres como crateras, depressões, inclinações e montanhas.

A equipe “Spacetroopers” vai utilizar materiais leves, porém resistentes ao impacto para montar o veículo. De acordo com a integrante, Larissa Ferreira, 18, para uma melhor funcionalidade serão adaptados pedais para os tripulantes do “rover”.

“O Rover tem um certo custo com relação ao material. Pretendemos usar algo leve como o alumínio, mas resistente como a fibra”, explicou.