Em busca de soluções

“Estamos pedindo socorro. Essa é uma tragédia anunciada. Precisamos ser ouvidos. Já perdi amigos aqui nesse morro, vítimas de chuva, e minha casa está ameaçada. Para onde vou com a minha família se o pior acontecer?”, o questionamento é da dona de casa Adenir da Silva Soares, 64 anos, moradora do Morro do Estado, no Centro de Niterói, há 36 anos, que teme pelo futuro de seu imóvel, onde vivem sete pessoas, entre elas três crianças.

No último dia 5, parte de uma escada que dá acesso à região mais alta do morro desmoronou, e toda a terra invadiu o quintal de Adenir. Ela comprou lonas para proteger o solo, mas teme pelo que pode acontecer caso chova na região.

“Eu não durmo quando começa a chover. O solo está fragilizado e duas casas ameaçam cair sobre a minha. Em abril do ano passado, outra parte do terreno desabou e perdemos um carro. Agora, o risco está presente novamente em nossas vidas”, lamentou.

Na última quarta-feira, moradores do Morro do Estado foram à Prefeitura de Niterói para reivindicar obras emergenciais na localidade. O objetivo é prevenir uma tragédia diante da proximidade da temporada de chuvas e da situação de risco verificada em diversos pontos das favelas do Estado, Chácara e Arroz.

“Estivemos na reunião e fomos bem recebidos. Queremos esclarecimento de como proceder. O que não pode é ficar nessa situação. Só não iniciamos a obra porque não sabemos como fazer”, afirmou Adenir. A vereadora Talíria Petrone (PSOL), acompanhou os moradores.

Em nota, a Prefeitura de Niterói informou que um plano de contenção de encostas na Rua Moacir Padilha, no Morro do Estado, será colocado em prática no local.