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Pedreiras destroem casas

Defesa Civil interdita residência no Engenho Pequeno após parte da laje de cômodo desabar

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 06 de janeiro de 2017 - 11:20
Imagem ilustrativa da imagem Pedreiras destroem casas

Por Marcela Freitas

Vizinhos de duas pedreiras em São Gonçalo, a família do porteiro Waldemiro Ferreira Leite, de 58 anos, viveu momentos de pânico após parte do teto do imóvel cair durante a madrugada de quarta-feira. A família aponta as constantes explosões nas pedreiras Anhanguera e Carioca como as responsáveis pelos abalos na estrutura do imóvel. Na manhã de ontem, a Defesa Civil esteve na residência, no Engenho Pequeno, e interditou o imóvel até que sejam feitas obras de contenção.

De acordo com Waldemiro, ele e a esposa já estavam dormindo quando o filho viu parte do reboco do teto cair e foi avisar aos pais. “Meu filho estava vendo televisão quando viu parte do teto se desprendendo. Saímos rapidamente da parte superior para ver o que acontecia, quando o teto inteiro caiu. Por sorte, não havia ninguém na cozinha”, disse Waldemiro.

Ainda segundo ele, parte do teto já estava rachado assim como toda a estrutura da sua casa, como vigas, paredes e solo. “As explosões acontecem duas vezes ao dia. Já tentamos um diálogo com as pedreiras, que não tomam nenhuma atitude para mudar. Eles deveriam ser fiscalizados. São muitas famílias prejudicadas”, disse Waldemiro, que está hospedado na casa de parentes.

As rachaduras na casa do porteiro não são isoladas. Outros moradores da região reclamam das explosões. “Minha casa está completamente rachada. Tenho medo de que aconteça o pior. Nosso temor é tão grande que saímos de casa quando começa a chover. É muito difícil viver assim”, disse o mecânico Wellington Oliveira, 49.

Na casa do porteiro Carlos André dos Santos, 53, as rachaduras são visíveis já na fachada. “Já cansamos de tentar dialogar com os donos das pedreiras. São mais de 20 anos de sofrimento. Minha casa está destruída”, reclamou.

A equipe de reportagem de O SÃO GONÇALO esteve nas duas pedreiras, localizadas no Galo Branco e Rocha, e a informação é de que toda a direção e funcionários estão em período de férias coletivas e as empresas não têm assessoria de imprensa.

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