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Sacolés que valem R$1 milhão

A Baiana do Sacolé

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 12 de dezembro de 2016 - 08:40
A Baiana do Sacolé, como é mais conhecida, vende cerca de 10 mil sacolés por semana
A Baiana do Sacolé, como é mais conhecida, vende cerca de 10 mil sacolés por semana -

Por Marcela Freitas

Poderia ser uma história de cinema, mas é real. Assim como milhares de retirantes que deixam sua cidade natal em busca de sucesso profissional, Vilma Almeida Ramos, a popular Baiana, de 48 anos, moradora do Colubandê, em São Gonçalo, conseguiu mudar sua história com muito trabalho e determinação. Empresária de sucesso, no ramo do sacolé, Baiana conseguiu movimentar cerca de R$1 milhão nos últimos dois anos com seu negócio, e, hoje batalha para driblar a crise econômica e aumentar a sua fábrica.

Quem vê a alegre, espontânea, nem imagina por todas as dificuldades pelas quais Baiana passou para chegar até esse momento profissional. Nascida na Bahia e de família humilde, Baiana chegou ao Rio no ano 2000, após o término de um casamento.

Trabalhando em casa de família e lavanderias de luxo, o sacolé entrou em sua vida meio que por acaso. Tendo que manter aluguel e o cuidado com os três filhos menores de idade, ela resolveu conseguir uma renda extra. E o negócio deu certo. Aliás, muito certo.

“Comecei a vender em casa e aproveitava minhas duas folgas no mês para vender pelas ruas. Os clientes elogiavam muito, e as vendas aos poucos foram crescendo. Meus filhos passaram a me ajudar e, certa vez, meu filho disse que uma única pessoa comprou todos. Aí me acendeu a luz de que estava dando certo mesmo”, contou.

Em 2012, Baiana resolveu deixar o emprego formal para investir no seu próprio negócio. “Trabalhava fora porque me sentia segura de alguma forma, mas ganhava bem menos que com a venda do sacolé. Saí do emprego e comprei então duas freezers,que foram colocadas em uma padaria em Pendotiba e outra em Itaipu. O sucesso foi grande que, no ano seguinte, comprei mais 10”, revelou. Com o negócio progredindo, Baiana conseguiu comprar maquinários e montar um frigorífico que a fizeram aumentar ainda mais a produção. Hoje, ela vende cerca de 10 mil sacolés por semana, mas já chegou a vender 30 mil.

“Tenho 50 freezers adesivados e equipamento que me permitem trabalhar. Já ganhei bastante dinheiro, mas ele é todo investido em equipamentos. Mas como qualquer empresário, eu também fui afetada pela crise. Se não fosse isso, já teria conquistado outras coisas para a minha empresa, entre elas um pequeno caminhão, que é meu sonho”, disse.

Para Baiana o segredo do seu sucesso é a determinação.

“Quem está querendo investir tem que pensar em primeiro lugar na qualidade seguido pelo atendimento ao cliente e a capacidade em saber ouvir criticas. Por mais duras que sejam são construtivas e nos permitem melhorar”, aconselhou.

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