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Alunos denunciam docente da Uerj

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 01 de novembro de 2016 - 09:05
Segundo os alunos, o professor sempre faz comentários preconceituosos dentro das salas
Segundo os alunos, o professor sempre faz comentários preconceituosos dentro das salas -

Por Thiago Soares

Cansados de ouvir comentários racistas, homofóbicos e até pedófilos em sala de aula, alunos de Letras da Faculdade de Formação de Professores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj-FFP), do Patronato, em São Gonçalo, usaram as palavras faladas pelo docente para denunciá-lo. Distribuídas em diversos cartazes espalhados pelo campus, os estudantes divulgaram as frases preconceituosas a fim de chamar atenção da diretoria e impedir que o mesmo continue lecionando na universidade.

O caso começou em setembro, quando duas alunas faltaram duas semanas seguidas de aula. No retorno, o professor questionou a falta das jovens e disse que daria um beijo na boca de cada uma delas na próxima ausência. “Ele já falava algumas coisas, mas não era direcionado. Além de insinuar que daria um beijo, ele contou que era isso que ele fazia com a namorada dele, que de acordo com ele mesmo, tinha seis anos”, disse uma aluna.

Em outro dia, o professor disse, segundo os estudantes, que engravidaria uma aluna. “Foi um comentário machista, desnecessário. A menina chegou em sala de aula e teve de escutar isso de um professor, que deveria dar o exemplo, ensinar coisas produtivas”, contou outra aluna.

Os estudantes levaram os casos ao grupo ‘Mulheres Ocupadas da FFP’, que funciona dentro da universidade e luta pelos direitos dos alunos. Junto ao grupo, a classe vai reunir assinaturas e depoimentos para levar até o Departamento de Letras. “Queremos resolver isso dentro da universidade. Após levantarmos o assunto, descobrimos que é algo que acontece durante anos, mas ninguém nunca revelou. Caso não consigamos uma resposta, pensamos em processo jurídico”, afirmou a estudante.

Como alguns dos cartazes foram retirados do campus, os alunos prometeram confeccionar novos materiais e afixar nos muros da universidade. “Não vamos parar, colocaremos novos cartazes”, revelou a aluna. A assessoria de imprensa da Uerj foi procurada, mas não deu retorno até o fechamento desta edição.

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