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A força da solidariedade em SG

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 28 de agosto de 2016 - 08:00
Em um ano e quatro meses, foram doados 17 violinos para o projeto "Eu sou + 1", no Pontal
Em um ano e quatro meses, foram doados 17 violinos para o projeto "Eu sou + 1", no Pontal -
Por mais curioso que pareça, o projeto "Eu Sou +1", acostumado em proporcionar ações solidárias, cresceu em São Gonçalo por ajuda da solidariedade de colaboradores. Desde a primeira publicação da iniciativa em O SÃO GONÇALO, o grupo - que atua no bairro do Pontal - recebeu a doação de cerca de 20 violinos, proporcionando mais alegria às crianças carentes do local, que recebem aulas gratuitas do instrumento.De acordo com o marinheiro e coordenador geral do projeto, Daniel Freire, de 39 anos, as publicações do jornal deram mais visibilidade ao grupo, que recebeu doações até de pessoas de outros estados."Recebemos os 17 violinos e algumas pessoas se sensibilizam todo mês para dar doações em dinheiro para que continuemos mantendo nossos projetos. Somos muito gratos por isso, pela imprensa que nos ajudou e continua nos ajudando e pela população que colabora para que continuemos dando certo", disse Daniel.Atualmente, com cerca de 20 crianças inscritas no projeto, as doações colaboraram para que cada uma delas tenha acesso a um instrumento no momento das aulas. O projeto deu tão certo que Daniel explicou que até cooperou para que o violino deixasse de ser visto como elitizado e passasse a ser oportunidade, também, para crianças de outras classes sociais.“Cada violino custa cerca de R$ 800. Alguns são até mais caros. Muita gente acha que, por causa do valor e dos custos de manutenção, é um instrumento voltado só para a classe elitizada. Quebramos esse paradigma”, explicou Daniel.As aulas também renderam três apresentações e visitas a recitais no último ano, que deixaram as crianças bem animadas para continuar na prática dos instrumentos.“Acho que tocar violino me ajudou muito nos estudos, pois me deixou mais centrada. Gosto muito do som que o instrumento faz”, contou a pequena Larissa Santos, 10, que participa das aulas desde o início do projeto.A irmã de Larissa, Lívia dos Santos, 12, contou viu a diferença que o projeto fez na vida de muitas crianças da comunidade.“Tinha muita criança que ficava o dia inteiro na rua, sem fazer nada, e hoje está aqui, aprendendo a tocar violino. Acho muito importante esse projeto, pois ajuda muito as pessoas”, emendou Larissa.A estudante Loren Magalhães, 13, fez uma comparação do antes e depois da prática do violino. “Eunão era muito responsável, mas agora eu tenho que estudar violino, então tive que criar isso em mim”, disse. 

RETRANCA 1 

A instituição - O grupo “Eu Sou +1” foi formado em 2007 por ex-pescadores da Praia Esso, no bairro Pontal, com objetivo de proporcionar atividades de lazer e educação para crianças da comunidade do Pica-Pau, de forma voluntária. A partir da criação da instituição, foi formada a iniciativa do projeto de violino, há um ano e quatro meses.Nos primeiros meses, as aulas de violino foram fornecidas na própria associação de pescadores do local, mas por causa da insalubridade, tiveram que ser transferidas para outro ambiente. Foi então, que foi cedido um espaço em uma igreja do bairro, onde são realizados os ensaios todos os sábados.“Somos um grupo bem democrático e todo mundo que quiser aderir ao movimento pode participar e ajudar da forma que conseguir. O projeto mostra que nossa cultura de comunidade pode fazer com que as coisas aconteçam”, contou o coordenador de prática social do projeto e representante comercial, Marcelo Barbosa, 50. 

RETRANCA 2 

Manutenção –  Além da dificuldade de sobreviver com doações, o projeto enfrenta outro desafio: a manutenção dos violinos. O alto valor do instrumento também é apresentado no momento em que precisam de reparos. No caso, oito deles estão precisando de manutenções como substituição de cordas e desempeno. “Comecei no projeto esse ano após saber das necessidades que eles estavam passando e precisamos muito de apoio. Alguns instrumentos precisam ser levados para o artesão de violinos, que se chama luthier, mas não temos dinheiro suficiente para realizar as manutenções”, disse o professor de violino Jackson Prevot, 47, que também é diretor do Conservatório de Música Carlos Gomes, em São Gonçalo, desde 2004.Quem quiser contribuir com o projeto, pode entrar em contato com Daniel Freire no telefone 96465-0806. Mais informações na página do Facebook da instituição: “Projeto Social Eu Sou +1”.

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