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São Gonçalo começa a legalização de 50 casas de matriz africana

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 23 de agosto de 2016 - 13:10
O coordenador da Copir-SG, Luis Claudio, recebeu cerca de 50 documentos de legalização
O coordenador da Copir-SG, Luis Claudio, recebeu cerca de 50 documentos de legalização -

A Coordenadoria Municipal de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (Copir-SG), a sociedade civil e a Comissão de Matrizes Africanas (Comasg) deram um passo histórico para a valorização e reconhecimento das casas de terreiro de São Gonçalo. Ontem, cerca de 50 casas preencheram a documentação para o início do processo de legalização e reconhecimento das instituições.

De acordo com o coordenador da Copir-SG, Luis Claudio de Santana, a documentação será encaminhada, hoje, ao Núcleo Contra a Desigualdade Racial (Nucora) da Defensoria Pública do Estado do Rio. Ainda segundo ele, a proposta é que outra chamada seja feita para que mais casas deem início à legalização. “É de grande importância essa parceria da sociedade civil junto ao Governo para que ações como essa fortaleçam ainda mais o processo de construção de uma sociedade mais justa e igualitária”, afirma.

A mãe de santo, Sueli de Xangô, que há 30 anos atua na casa Ile Ase Ijoba Ti Sango, no Sacramento, afirma que a população de matriz africana aguarda, há tempos, por essa iniciativa. “Eu vejo um caminho para alcançarmos a unidade e o respeito. Enquanto falávamos separados, ouvíamos muitas vozes. Hoje, as nossas vozes se unem com um só propósito, que é o caminho da luta pelo respeito, que está para além da tolerância. Aonde vou, faço questão de estar trajada e paramentada, pois acredito que, assim como eu, todos temos direito de sermos respeitados na nossa fé”, destaca.

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