Escolas continuam com aulas em tempo parcial

A greve dos profissionais de educação já dura quatro meses. Em assembleia realizada na última quarta-feira, os profissionais das escolas estaduais votaram pela continuidade do movimento. Nas escolas, a indecisão sobre o ano letivo preocupa os estudantes, que acreditam que, neste ano, não será possível concluir os estudos. Na manhã de ontem, O SÃO GONÇALO percorreu quatro escolas em Niterói e São Gonçalo: Colégio Estadual Baltazar Bernadino, em Santa Rosa; Paulo Assis Ribeiro (Cepar), no Badu; Rodolpho Siqueira, no Colubandê e Pandiá Calógeras, em Alcântara. Em todas elas, a reclamação dos estudantes era a mesma: a falta de professores, que leva os alunos a terem poucas aulas durante alguns dias.

Aluna do 3º ano do Colégio Estadual Baltazar Bernadino, a estudante Raissa Vieira, de 18 anos, disse que só está tendo aulas de terça à quinta, de apenas três disciplinas. “Pretendo prestar vestibular e da maneira que a escola se encontra, a competição com outros estudantes fica muito difícil. Muitos alunos, como eu, estão estudando em casa e outros estão fazendo curso pré-vestibular. De exatas, não temos aula alguma”, afirmou.

No Cepar, a situação é a mesma. “Temos aulas todos os dias, mas terminam às 10h30. Poucos professores não aderiram ao movimento”, contou Larissa Antunes, 17. No Rodolpho Siqueira, os estudantes foram obrigados a voltar para casa por falta de professores. “Na semana passada, só três professores estavam na escola. Viemos hoje (ontem), acreditando que teríamos aula, o que não aconteceu”, afirmou Bruno Araújo, 16.

No Pandiá Calógeras, alunos estão sem aulas de espanhol, geografia, história, educação física e biologia. “Todas as turmas estão com aulas vagas”, afirmou Paula Agda, 18. A assessoria de imprensa da Secretaria de Educação não deu retorno até o fechamento desta edição. (Marcela Freitas)