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Agradecer: um verbo pouco conjugado

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 24 de junho de 2016 - 16:55
Seu Ivo se emociona ao reencontrar a equipe médica.
Seu Ivo se emociona ao reencontrar a equipe médica. -
Por Marcos Vinicius Cabral
A vida do repositor Ivo Bazílio Damasceno Silva, de 53 anos e morador de Alcântara, tomou outro rumo na noite do dia 11 de maio. Voltando para casa, depois de mais um dia cansativo de trabalho, ele caiu do ônibus, no bairro Vila Três, por um simples descuido. "Eu até hoje me pergunto o que houve comigo naquela noite. Só sei que ao descer do coletivo, minha sandália dobrou em um dos degraus me levando ao chão", diz perplexo. Com a gravidade da queda, foi na mesma noite buscar atendimento no Pronto Socorro de São Gonçalo (PSSG). Mesmo sentindo fortes dores em seu braço esquerdo, a dor maior seria ter que enfrentar o que sempre ouvia falar da rede de urgência e emergência atuante no sistema “portas abertas 24 horas”, na cidade.
"Eu realmente estava com muito medo de tudo o que falavam do Pronto Socorro, não vou negar. Mas chegando aqui, naquela noite, me senti diferente. Eu pensava: será que é isso mesmo? Vamos ver...", disse ele que em seguida, foi informado que seria transferido para o Hospital das Freiras, no Pacheco, depois de ser confirmado que seu caso necessitava de uma intervenção cirúrgica. Depois dessa notícia ­ que deveria ir para um outro hospital ­ seu Ivo diz, ter passado um filme em sua cabeça: "Comecei a pensar na peregrinação que teria que fazer, num vai e vem interminável. Quando estava já cabisbaixo para ir embora, uma senhora me chama e diz que eu iria ser transportado na ambulância do Pronto Socorro e que ficaria lá, em outro hospital, até abrir uma vaga para eu retornar e ser operado por aqui", relata abrindo um sorriso, porém ainda desconfiado.
Em seguida, fomos à Ortopedia e encontramos o Dr. Wilton Luiz Pimenta, de 63 anos, com 40 na especialidade ortopédica e que chefia um dos principais departamentos do Pronto Socorro Central (PSC) desde 2013, responsável por um atendimento de 500 a 600 pessoas por mês, dos quais pelo menos são feitas 50 cirurgias, e todo o acompanhamento no pós operatório e com uma média de 1.600 exames realizados, entre pedidos médicos da Atenção Básica e Especializada e dos pacientes internados em unidades hospitalares municipais, onde a marcação dos exames é realizada através da Central Municipal de Regulação. "Temos hoje na unidade 3 enfermarias: 1 masculina e 2 femininas, com cirurgias de pequenas e médias complexidades, com ênfase ao idoso para acelerar o processo de internação", disse acrescentando que a Ortopedia Infantil também é de sua responsabilidade.
Reencontro inesperado
Depois de 16 dias internado, sendo muito bem tratado como mesmo afirma, seu Ivo retornou ao Pronto Socorro para agradecer. "Depois de tudo o que já passei na vida, tudo o que vivi aqui eu jamais vou esquecer. Deus colocou na minha vida, pessoas maravilhosas e que são verdadeiros anjos enviados pelo Senhor", diz emocionado com o sucesso da operação a que foi submetido e aproveitando nossa visita para fazer os curativos. Receber O SÃO GONÇALO, foi uma surpresa para a Diretora da unidade assim como para os médicos responsáveis que cuidaram de seu Ivo. "Vocês estão aqui procurando algo para falar mal, né?", questionou a Dra. Ana Paula em tom de brincadeira com a nossa chegada e muito emocionada com o reencontro com seu Ivo. Mas o que surpreendeu realmente a todos foi a atitude do paciente."Nos surpreendeu tal atitude sim, pois o agradecer é uma atitude bíblica. Jamais imaginaríamos que um paciente fosse numa redação de jornal, pedir para fazer uma reportagem falando bem do atendimento, do pós operatório e de toda a sua estada aqui conosco. Estamos todos felizes e isso faz com que a busca da melhoria se torne cada vez mais intensa para a população", disse o Dr. Euclides José, recebendo um forte abraço e levando seu Ivo ás lágrimas.

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