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Com ‘Catarinão’, São Gonçalo ganha nova projeção no futebol

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 31 de julho de 2015 - 23:57

Com projeto arquitetônico arrojado, Arena Catavento tem tudo virar referência no futebol nacional

Foto: Divulgação
Projeto prevê que ‘Catarinão’ terá capacidade para 43 mil torcedores
Projeto prevê que ‘Catarinão’ terá capacidade para 43 mil torcedores
Com instalações modernas, estádio terá área vip para torcedores
Com instalações modernas, estádio terá área vip para torcedores
A arena terá áreas de acessos pelas rodovias BR-101 e RJ-104
A arena terá áreas de acessos pelas rodovias BR-101 e RJ-104

Por Ari LopesSérgio Soares e Thiago Soares

Enquanto em Niterói o Caio Martins, fechado, segue sendo o símbolo de um passado de glória do futebol da região, sem muito alarde, começa a tomar forma no Jardim Catarina, a ‘Arena Catavento’ ou ‘Catarinão’, esperança de que os bons ‘ventos’ começam a soprar de novo em direção aos gramados do lado de cá da Baía.

Um sonho idealizado pelo presidente do Gonçalense Futebol Clube, o empresário Joacir Thomáz, o estádio tem previsão de estar concluído até o fim 2017, ao custo de R$ 400 milhões. Inicialmente, a obra, que começou em outubro de 2013, está prevista para ser inaugurada em 2016, com capacidade para 5 mil torcedores, a tempo de receber jogos da Série B do Campeonato Carioca. “Com o Caio Martins cedido ao Botafogo, não só o Gonçalense, como as outras duas equipes da região têm sido obrigadas a mandar seus jogos em outras cidades”, justifica Joacir.

A segunda fase de construção da ‘Arena Catavento’, numa área de 100 mil metros quadrados, prevê o aumento da capacidade para 43 mil torcedores, o que recolocaria São Gonçalo, definitivamente, no cenário do futebol nacional, com o terceiro maior estádio do Estado do Rio, perdendo apenas para o Maracanã, que após ser reformado para a Copa de Mundo no Brasil, teve a capacidade reduzida de 100 mil para 75 mil espectadores; e o Estádio Municipal Nilton Santos, inaugurado em 2007, no Engenho de Dentro, no Rio, com capacidade para 46 mil pessoas.

A primeira fase da obra já está concluída, com a inauguração do campo gramado, onde o Gonçalense treina e realiza jogos amistosos. Atualmente, a rotina do Jardim Catarina, um bairro gonçalense com mais de 100 mil moradores e ‘famoso’ por causa do alto índice de criminalidade, vem sendo modificada pelo vaivém de operários e a movimentação de retroescavadeiras e tratores que trabalham na terraplanagem da área onde será erguido os lances de arquibancadas.

Segundo Joacir, o projeto vai reintroduzir, de forma definitiva, a região na formação de grandes jogadores de futebol. “A história mostra um passado de glórias e a revelação de muitos atletas que se consagraram no futebol. Não vive-se apenas de uma grande equipe. precisamos também de um grande estádio, que sediaria não apenas os nossos jogos, mas outras partidas importantes em contexto nacional e até internacional”, declarou o presidente do Gonçalense Futebol Clube.

Para presidente do Gonçalense, Joacir Thomáz, projeto do estádio é ‘realização de um sonho’ (Foto: Divulgação)
Para presidente do Gonçalense, Joacir Thomáz, projeto do estádio é ‘realização de um sonho’ (Foto: Divulgação)

Primeira fase prevê estádio para 5 mil pessoas em 2016

A segunda fase de construção do ‘Catarinão’, que prevê um estádio para 5 mil espectadores, está a pleno ‘vapor’ para receber os jogos do Gonçalense em 2016, quando a equipe vai disputar, mais uma vez, a Série B do Campeonato Carioca, sonhando com a ‘elite’ do futebol estadual.

A previsão é de que a conclusão do campo, vestiários e os primeiros lances de arquibancadas aconteça na primeira quinzena de junho de 2016. Com o estádio, o Tricolor Metropolitano vai acabar de vez com um problema que atingiu também o São Gonçalo Futebol Clube na disputa da Série B. Pela falta de um estádio adequado às regras estabelecidas pela Federação de Futebol do Rio de janeiro, as duas equipes tiveram que mandar todas suas partidas fora da cidade.

“Infelizmente, o Caio Martins, se não estivesse arrendado ao Botafogo e em pleno funcionamento, poderia ser um local adequado, não apenas para o Gonçalense, mas também para outras equipes do interior”, afirmou o presidente do Gonçalense.

O projeto do Tricolor Metropolitano é ampliar a capacidade do estádio para 20 mil lugares até o final de 2016, já com o clube na Série A do Carioca, concluindo o projeto em 2017, quando a direção do Gonçalense prevê que o clube esteja disputando competições de âmbito nacional. Após a conclusão da Arena, o estádio também vai servir de Centro de Treinamento (CT) para o elenco principal e divisões de base do Gonçalense.

Uma arena com design futurista

Se o projeto arquitetônico planejado para o ‘Catarinão’ sair realmente do papel, o torcedor pode esperar o surgimento de um “gigante”. O moderno design chama a atenção pelos traços futuristas e por lembrar um gigantesco catavento. O projeto do estádio vai contar com a participação de um grupo de investidores na construção, manutenção e exploração do espaço.

Como o Maracanã ainda é o único grande estádio disponível no cenário do futebol fluminense, junto com o Engenhão, a Arena Catavento poderá ser uma boa opção até para os grandes clubes do Rio, superando até o histórico estádio de São Januário, do Vasco, que atualmente tem capacidade para abrigar 18 mil torcedores.

Fluminense e Flamengo, que hoje têm contrato com a concessionária que administra o Maracanã, também poderão utilizar o ‘Catarinão’ para competições estaduais e nacionais, visto o grande número de torcedores dos dois clubes na região, aliado ao fato do fácil acesso - por causa da proximidade com as rodovias Amaral Peixoto (RJ-104) e BR-101.

A disputa da Copa Rio, a partir desse mês, que poderá colocar o Gonçalense numa competição de nível nacional, por enquanto é a grande prioridade do Tricolor Metropolitano, que começou os treinos no último dia 6. O campeonato reunirá 20 clubes do estado e a agremiação gonçalense conseguiu a vaga por ter ganho a Série C do ano passado. Somente após essa disputa, a diretoria começará a traçar, a partir de 2016, o cronograma de trabalho com vistas ao aumento da capacidade da Arena Catavento.

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