Tricampeão mundial, Gérson está de volta ao clube Canto do Rio

Por Rennan Rebello e Alan Emiliano

“O bom sujeito sempre volta para as suas origens”. Gérson de Oliveira Nunes, de 77 anos, conhecido como “Canhotinha de Ouro”, está de volta onde tudo começou, em Niterói. Após ter atuado pelo Canto do Rio nas categorias de base, o ex-jogador faz parte do Conselho Gestor do futebol do Cantusca, que promete alavancar o clube em nível estadual.

“Nós estamos com um planejamento de fortalecer a base e levar o Canto do Rio para a primeira divisão do Carioca”, afirmou o ex-atleta, que atua como comentarista de um programa esportivo no SBT e Super Rádio Tupi.

A história de Gérson no Cantusca começou aos 12 anos, em torneios de futebol de salão. Além disso, o ex-jogador foi campeão dos Jogos Infantis e participou da Série A do Carioca juvenil. Segundo o tricampeão mundial, a sua carreira deslanchou após um jogo contra o Flamengo, onde marcou dois gols e foi convidado por Bria, então treinador da base Rubro-Negra.

Além do novo papel no Cantusca, Gérson mantém o Instituto Canhotinha de Ouro, que completou 20 anos, onde distribui atividades esportivas para crianças de 4 a 17 anos em 10 núcleos, localizados na Concha Acústica, Barreto, Maria Paula, Engenhoca, Jurujuba, Largo da Batalha, Maruí Grande, além de três polos no Caramujo (Quadra do Centro, Quadra do Bonfim e Campo do Batalhão de Polícia Rodoviária). As inscrições devem ser realizadas nos próprios núcleos ou na sede do instituto, localizada no Complexo Caio Martins, em Icaraí.

“Temos que focar no bem estar das pessoas e tirar o pensamento de que a vida do crime é a solução para os problemas. Fico muito feliz em poder participar de uma iniciativa tão bacana e que faz tão bem para vários moradores da região”, comentou.

Durante a entrevista, Gérson também falou da falta de incentivo para o futebol profissional em São Gonçalo e Niterói.

“Nós sabemos o potencial que ambas as cidades têm no futebol, mas sem apoio é muito difícil competir com os grandes centros. Não adianta ter uma ideia construtiva com um projeto futurista e não ter grandes empresas nos apoiando para alavancar o futebol local”, disse o ex-jogador, que passou por Flamengo, Fluminense, Botafogo e São Paulo.