Russo 'pesca' moedas jogadas por turistas em rio de São Petersburgo

Por Ari Lopes e Rennan Rebello

Sem sorte na Copa do Mundo, muitos torcedores de seleções já eliminadas foram buscar as ‘bençãos’ do ‘coelho do Rio Neva’, na entrada da Fortaleza de Pedro e Paulo, em São Petersburgo, no último domingo. É que uma lenda russa, que remonta aos tempos do czares, garante que quem arremessar uma moeda em direção a uma estátua de coelho de bronze, numa ‘ilha’ (um pedestal circular de madeira) instalado no rio, há cerca de 5 metros da ponte, e acertar a pata do animal, terá prosperidade financeira.

Em poucos minutos observando o vai e vem de torcedores/turistas pela ponte, a equipe de O SÃO GONÇALO flagrou centenas deles cumprindo o ritual. Apesar das inúmeras tentativas dos visitantes em acertar o alvo, nenhum deles conseguiu a façanha e muitas moedas acabam caindo sobre a ‘ilha’ pedestal ou se depositando no fundo do rio, que segundo informações de guias turísticos tem cerca de 5 metros profundidade naquele local.

Sorte mesmo, apesar da eliminação de sua seleção, ou visão de negócios, que tem mesmo é o russo Aleksey Leonkov, que teve a ideia de se tornar um ‘pescador de moedas’, e vestido à caráter, e com uma linha de pescar com uma espécie de ‘anzol’ com um imã circular amarrado na ponta, passa os dias ‘pescando’ na ponte. Enquanto os torcedores/turistas atiram as moedas, Aleksey lança seu anzol magnético nas águas do Rio Neva.

“Eles jogam as moedas no coelho e vão embora. Então, resolvi pescar as moedas que não serão mais utilizadas e que ficariam jogadas no fundo do rio”, justificou Aleksey.

‘Negócio da China’ na Rússia - De acordo com o ‘pescador’, em média, ele consegue ‘pescar’ 3 mil rublos ou R$ 184 diariamente, durante três horas de trabalho, junto com um ajudante que também utiliza um ‘anzol magnético’.