Ex-jogadores querem resgatar a prática de handebol em São Gonçalo

Por Rennan Rebello

São Gonçalo já foi uma referência no handebol brasileiro, revelando atletas como Zezé Sales, que fez parte da seleção brasileira campeã pan-americana em Winnipeg, em 1999. Atualmente o cenário local para este esporte anda em baixa, mas o grupo ‘Dinossauros do Handebol’, que reúne ex-atletas gonçalenses da década de 80 e 90 que se juntaram, promete reviver e reaquecer o cenário da categoria no município desde 2016.

“Esse grupo foi criado por ex-jogadores que atuaram no Clube Mauá e em colégios de SG, como: Cejop, Colégio São Gonçalo, Dom Hélder, Colégio Paraíso, Orlando Rangel, entre outros”, disse um dos ‘integrantes jurássicos’, Marco Aurélio Figueiredo, de 42 anos.

O retorno às quadras aconteceu por meio da internet, que permitiu através das redes sociais, o reencontro desses ex-atletas.

“Nos unimos através de redes sociais, realizamos alguns churrascos e encontros com jogos de brincadeira, e já no segundo encontro, criamos um grupo no Whatsapp intitulado ‘Dinossauros do Handebol Gonçalense’. O grupo cresceu e hoje contamos com aproximadamente 90 amigos, de categorias diferentes, com média entre 35 a 50 anos de idade, sendo que a maioria não se via desde os anos 90”, revelou Marco Aurélio.

A unidade do Sesc, na Estrela do Norte é o ponto de encontro dos esportistas, todos os sábados, quando voltam a jogar na quadra.

“Há quase dois anos mantemos nossos encontros para jogar no Sesc e com isso, o entusiasmo aumentou. A repercussão está sendo satisfatória, inclusive já realizamos um evento intercolegial Master, no ginásio da Universo que ficou lotado. Na ocasião, homenageamos os professores e juízes da nossa época. Esperamos fomentar o esporte nas escolas”, relatou Marco, que espera organizar um campeonato de masters em breve.

“No momento, estamos buscando viabilidades para organizar outro torneio intercolegial em setembro e posteriormente campeonatos Master nesta modalidade”, falou.

Um dos ‘dinossauros’, Nelson Lameira, de 45 anos, lamenta que o handebol não seja mais valorizado em São Gonçalo.

“A gente está tentando levantar o handebol em São Gonçalo, mas ainda dependemos de muitas coisas, como estrutura e incentivo do poder público para isso. Particularmente, fico triste por ver esse esporte maravilhoso nessa situação. Mas estamos aí para isso, para reacender as chamas dessa modalidade que foi ímpar na cidade”, finalizou.