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As belas no meio de 'feras'

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 15 de julho de 2017 - 15:04
14 07 2017 Ring Girls favela Combate SN
14 07 2017 Ring Girls favela Combate SN -

Por Cyntia Fonseca

Belas e encantadoras, as "ring girls" ou "octagon girls" desfilam suas curvas durante os eventos de MMA e ajudam a aliviar a tensão do público nos intervalos das lutas. Para a 25ª edição do Favela Kombat, que acontecerá em agosto, em São Gonçalo, quatro meninas terão a oportunidade de subir no octógono pela primeira vez e desfilar como ring girl.

Moradora do Paraíso, em São Gonçalo, a modelo Julia Evellyn, de 20 anos, é uma das primeiras candidatas inscritas para o concurso. Solteira e praticante de corrida, a flamenguista de manequim 36 está confiante de ser uma das finalistas.

"Meu foco é ganhar, independente de contra quem eu esteja competindo. Eu busco me inspirar em experiências de modelos reconhecidas, como a Gisele Bundchen e outras mais novas, não tão reconhecidas, mas que também são boas. Para minha carreira de modelo vai ser muito importante participar desse evento", contou Julia.

Com estilo de vida saudável e praticante recente de MMA, a moradora do Porto do Rosa, Mariana Bittencourt, 21, também aposta no próprio sucesso. Vascaína, 1,71 de altura e manequim 38, a bela, que anteriormente lutava judô, tem a lutadora Jessica Andrade como principal inspiração no esporte. 

"O importante é que a ring girl tenha além da beleza, simpatia, humildade, educação e saiba se expressar. Como o Claudinho - organizador do evento - disse, que o corpo em si não é o mais importante, ficamos mais tranquilas, não existe aquela pressão do corpo perfeito", comentou.

Também estreante no concurso, a baiana Regiane Santos, 23, moradora de São Gonçalo desde os 9, está confiante. Geminiana, de personalidade forte, ela pratica musculação desde os 16 anos, tem 1,75 de altura e atualmente veste manequim 38.

Mãe do pequeno Enzo, de dois anos, ela soube do concurso pelo Facebook. "Já trabalhei em feira erótica antes, então sou bem tranquila com relação à exposição. Vencer esse concurso seria o primeiro passo para que outras portas se abram com oportunidades de trabalho como modelo no futuro", relatou a morena, que tem uma tatuagem floral no braço direito.

Preconceito - Para conviver no meio de um evento majoritariamente masculino, as meninas dizem estar preparadas para conviver com possíveis episódios de assédio ou até preconceito por parte de outras mulheres. 

"Preconceito sempre vai ter, principalmente dos homens que acham que a mulher não vai ter a mesma capacidade que ele durante uma luta, ou que elas não podem seguir os próprios objetivos. Como modelo, acontece a mesma coisa. Muitas mulheres acham que expôr o corpo é ruim, mas não é, é uma profissão. Na hora do evento, a gente tem que estar preparada, é claro", explica Julia Evellyn.

As inscrições para o concurso seguem abertas até 31 de julho e as interessadas podem entrar em contato com a organizadora Jorgina Ramos, no telefone 96831-0809. As vencedoras serão escolhidas por meio de voto popular no Facebook e por um júri selecionado. Organizador do evento, Claudinho MMA destaca que não há um perfil padrão para as participantes.

"Já fizemos processo de seleção com anãs, com modelos plus size, então não há nenhum tipo de preconceito", explicou. Além de receber o título de ring girl, as finalistas ganham cachê e produtos de suplementação.  

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