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De Itaboraí para a Libertadores, com o Botafogo

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 23 de fevereiro de 2017 - 18:42
Matheus Fernandes em ação na Libertadores na classificação histórica do Botafogo contra o Olimpia, no Defensores del Chaco em Assunção, Paraguai
Matheus Fernandes em ação na Libertadores na classificação histórica do Botafogo contra o Olimpia, no Defensores del Chaco em Assunção, Paraguai -

Por Rennan Rebello

O ano de 2017 tem sido glorioso ao jovem de Itaboraí Matheus Fernandes, de 18 anos, que está em seu segundo ano consecutivo como profissional do Botafogo. O volante teve boa atuação na classificação heroica do "Fogão' diante do Olimpia, na última quarta-feira, no estádio Defensores del Chaco, no Paraguai. Mas apesar do bom momento na carreira, o início do atleta foi bastante difícil.

"Eu comecei nas divisões de base do Itaboraí Profute, mas fui dispensado. Depois tentei no Fluminense mas me disseram que eu era 'desengonçado'. Joguei no Bangu por um período antes de integrar a categoria mirim do Botafogo, em Marechal Hermes. Pegava três conduções na ida e na volta para treinar", revelou.

Desde do ano passado, Matheus passou a integrar o elenco principal comandando pelo técnico Jair Ventura e, com isso, deixou o anonimato, passando a ser reconhecido em sua cidade natal.

"Quando estou por aqui, às vezes, aparece gente pedindo para tirar fotos ou me perguntando se eu jogo no Botafogo, porque me viram na televisão. Dou atenção a todos numa boa. Isso não me incomoda. Meu pai me ensinou que é preciso ter humildade sempre", disse ontem o jogador já em casa após chegar do Paraguai.  

Atuando no profissional, a joia alvinegra se sente como se estivesse realizando um sonho por atuar em um clube junto com nomes consagrados, como o meia argentino Walter Montillo e o goleiro paraguaio Gatito Fernandez. "Pouco tempo atrás, estava em Itaboraí jogando videogame e me imaginando jogando esses caras e hoje, estou ao lado deles, e isso me deixa muito feliz", comentou. No entanto, o convívio com os jogadores mais experientes não o faz ficar deslumbrado.  "Tenho a consciência que estou em clube grande e eu preciso matar um leão a cada dia. Por isso, estou muito focado e procurando o meu espaço no time. O professor Jair (Ventura) me passa confiança. Ele diz que eu preciso apenas jogar como jogava na base que tudo dará certo", comentou. 

O status de ser jovem e defender um time grande no Brasil coloca Matheus em evidência no âmbito nacional. Dessa maneira, o assédio de clubes europeus pode acontecer. Mas ao contrário de muitos jogadores de sua idade que sonham em jogar em clubes na Europa,  o volante da "Estrela Solitária" quer se estabilizar primeiro em solo brasileiro. "A minha cabeça está voltada totalmente no Botafogo.  Minha prioridade é me firmar aqui. Estou num grande cenário do futebol e não penso em sair por enquanto", enfatizou.

Sobre a Libertadores, o cabeça de área utiliza a humildade que seu pai lhe ensinou e se mostra cauteloso, rechaçando a empolgação e favoritismo da equipe alvinegra na competição mais importante do continente. "Queremos conquistar o título, claro. Estamos estamos trabalhando muito para isso, mas não gosto de pensar que somos favoritos. O que posso afirmar é que temos uma meta mas estamos com os pés no chão para alcançar nossos objetivos traçados para esta temporada", finalizou.  

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