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Balança e cai

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 07 de agosto de 2017 - 23:35

Demorou, mas a vontade da torcida do Flamengo pesou, e o técnico Zé Ricardo deixou a equipe. Qualquer um que observasse a situação sabia que era questão de tempo, até porque nada que balança tanto consegue ficar em pé. Mas as circunstâncias são, no mínimo surpreendentes. Na derrota para o Vitória, o agora ex-técnico rubro-negro escalou o time que muitos na torcida queriam. Com a equipe toda aberta, e com Márcio Araújo no banco, o time não foi páreo para a velocidade do Vitória. E também não ajuda o fato de William Arão dar passe para o adversário fazer gol.

O Flamengo seguiu sem criatividade, com muitas bolas levantadas, rezando para algum dos seus craques fazer alguma jogada individual para resolver a partida, como tantas vezes aconteceu. Uma cobrança de falta de Diego, uma série de dribles de Everton Ribeiro, um chute de fora de Geuvânio. Nada. Depois do jogo, o CEO do clube, Fred Luz, garantiu o treinador. Ainda no gramado, Diego disse que o elenco estava fechado com Zé. Mesmo com os protestos, parecia que o respaldo que o presidente dava seria mantido. Não foi o que aconteceu, e essa é a surpresa.

Eu não sou fã de demissão de técnico. Não acredito que resultados ruins mostram alguma verdade sobre um time. Especialmente quando o tempo de trabalho é de um, dois meses. Mas Zé teve mais de um ano, e na temporada passada levou a equipe à terceira colocação do Brasileiro. Com um time mais qualificado, o Flamengo não poderia estar dezoito (18) pontos atrás do líder Corinthians. Diz-se que a manutenção do técnico no comando da equipe é benéfica por manter um padrão de jogo, ao mesmo tempo que ajuda a evoluir o que vinha dando certo. Mas o que se viu foi regressão, e não evolução.

Que o Zé tenha sorte daqui pra frente. Num geral, mostrou que é sim um bom técnico. Deu um padrão para a equipe, soube controlar o vestiário, e conseguiu manter a calma em diversos momentos de tensão, o que muitas vezes mói um treinador. Mas quando a pressão chegou ao ápice, abandonou suas convicções, escalou uma equipe que ele nunca tinha botado em campo, e perdeu um jogo que deveria ser fácil. Na hora “H”, fraquejou, e o que era balanço virou queda. Muita sorte ao Zé, e que o Flamengo contrate alguém que consiga colocar o time nos eixos. É muito craque pra jogar um futebol tão pobre quanto o que o fim dessa era vinha mostrando.

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