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O começo do fim

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 23 de junho de 2016 - 15:32

O final de semana foi trágico para o futebol carioca. Três derrotas e um empate não são um aproveitamento pífio, mas vergonhoso. Mesmo para Botafogo e Fluminense que jogaram fora de casa. O Botafogo massacrou o Corinthians no primeiro tempo, saiu atrás, empatou, perdeu mais uma dúzia de chances para tomar dois na segunda etapa e perder mais uma.

O Fluminense dominou todo o jogo, não chutou a gol, viu o Sport abrir o placar no fim do primeiro tempo, empatou no final do segundo e assistiu a sua defesa bater cabeça diante de um devagar quase parando Diego Souza, que botou o ‘Leão da Ilha’ de volta à frente e deu números finais ao jogo. O Vasco na Série B conseguiu perder para um não mais do que esforçado Paysandu, em São Januário. E por dois a zero e com bolas nas costas.

E o Flamengo também tomou dois gols do São Paulo em bolas nas costas dos zagueiros. No lance do primeiro, Calleri saiu na cara de Muralha; no segundo, Rafael Vaz e Réver ficaram olhando o argentino cabecear para o gol na linha da pequena área. Se não fosse um gol contra de Rodrigo Caio, o Flamengo poderia ter perdido o jogo. Se não fosse Alan Patrick perder um pênalti no último segundo de jogo, com o Rubro-Negro tendo um homem a mais, o Fla poderia ter vencido.

Perceberam algo semelhante entre as histórias? O futebol carioca simplesmente falhou nesse fim de semana. E o pior é que não é de hoje. O Flu sofre com seus zagueiros desde janeiro. O Botafogo tem o pé torto também desde o início do ano; e o Vasco, problemas na cobertura. Já o Flamengo sofre com lançamentos desde o ano passado (!). Enfim, o Campeonato Carioca pode esconder, mas o Brasileirão é implacável na hora de mostrar as falhas dos times. Se as equipes não abrirem o olho, esse pode ser o começo do fim.

Pé torto - Neilton bateu de canela. Sassá jogou na trave. Gervásio Nuñez também. O Timão achou um gol, e o Botafogo perdeu um caminhão de chances. Depois de ajustes, o Corinthians passeou, e Ricardo Gomes sofreu a sua quinta derrota no campeonato. O roteiro é tão repetitivo que eu já nem sei mais se vale a pena falar nisso. Se o técnico não souber o que acontece com todo mundo falando no ouvido dele, fica difícil.

Bateram cabeça - Henrique, Gum e Levir Culpi deram ao Sport a respirada que o time precisava. Trocando Edson por Dudu ainda no primeiro tempo, Levir deu o primeiro gol ao Leão, e deixando Magno Alves no banco no início do jogo tirou um da sua equipe. No segundo tempo, Magnata mostrou que tem que ser titular e Gum e Henrique mostraram que nem em pelada de casados contra solteiros eles dariam certo. Perder na corrida para Diego Souza é piada.

Paradinha? - É sério isso, Alan Patrick? Último lance do jogo, seu time ficou atrás duas vezes no placar, com um homem a mais, e com o goleiro adversário pegando tudo que pode e que não pode. Sua equipe tem um pênalti. Você põe a bola embaixo do braço para decidir o jogo, dá paradinha e manda para fora? Pelo amor de Deus! No último lance do jogo, você resolve inventar? Tenha dó. Quando até o jogador mais regular da equipe erra assim é porque o técnico tem muito trabalho pela frente.

Invencível? - Parece que a zaga do Vasco tomou gosto por fazer besteirinha. Depois de ter entregado o jogo para o Atlético-GO, Luan e Rodrigo resolveram dar a ‘paçoca’ para o Paysandu, em São Januário. No primeiro gol, Luan marcou a bola. No segundo, Rodrigo nem esboçou uma corridinha para alcançar Jhonnatan. Eu imagino Jorginho vendo isso e pensando: “Cadê Rafael Vaz agora?” Assim como o imagino assistindo ao jogo do Flamengo assim: “É… Não ia ter muito jeito”.

Fraude (?) - Ninguém ainda sabe ao certo se é verdade ou não, mas que pesa contra o Americano a suspeita de manipulação de resultados para prejudicar o Itaboraí, pesa, sem dúvida. Esperemos que tudo seja resolvido, e que caso de fato tenha existido má-fé pelo time de Campos, os responsáveis sejam punidos, e o Itaboraí possa ainda tentar o acesso.

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