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Eleições terão votos impressos

Congresso derrubou veto presidencial e agora eleitor terá contra-prova da urna eletrônica

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 19 de novembro de 2015 - 19:18

Veto de Dilma Rousseff foi derrubado tanto por deputados, quanto por senadores

Foto: Divulgação

O Congresso derrubou o veto da presidente Dilma Rousseff ao voto impresso nas eleições, que era defendida principalmente pelos partidos de oposição, entre eles o PSB, que pede investigações nas eleições presidenciais de 2014.

A medida, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), vai gerar um custo adicional R$ 1,8 bilhão nas próximas eleições, com a impressão de aproximadamente 220 milhões de comprovantes de votação.

De acordo com a proposta aprovada, o voto será impresso automaticamente e depositado diretamente numa urna lacrada, após o eleitor confirmar a escolhade seus candidatos na urna eletrônica.

Na Câmara, foram 368 votos favoráveis à derrubada do veto e 50 contrários, e uma abstenção. Já no Senado, foram 56 votos contra o veto e cinco pela sua manutenção. Agora, o texto será promulgado pelo Congresso e enviado para a presidente sancioná-lo.

Demora - Os senadores demoraram mais de uma hora para iniciar a votação, pois a oposição temia que não houvesse quórum mínimo para garantir a derrubada do veto. O impasse foi resolvido após acordo com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para que a votação fosse realizada até que 65 senadores tivessem votado. Alguns deputados e senadores da base aliada ainda tentaram suspender a sessão.

“Derrubar este veto não se trata de ser a favor ou contra o governo, mas de dar transparência às eleições”, afirmou o senador João Capiberibe (PSB-AP).

Para o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), o impacto financeiro para os cofres públicos será grande.

“Não temos condições de investir R$ 1,8 bilhão em programação e nas urnas para imprimir as cédulas”, disse.

O senador relembrou também a investida do PSDB quando decidiu auditar as urnas usadas nas eleições presidenciais de 2014. Ao final da investigação, o partido concluiu que não era possível auditá-las. “Chega-se a conclusão de que essa tese não tinha sustentação”, disse Pimentel.

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